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Mobile World Congress Americas destaca que celular como 1ª tela para o lazer

11/09/2018 17h50

Los Angeles (EUA), 11 set (EFE).- A convergência entre a indústria dos celulares e a do entretenimento transformou os dispositivos móveis nos preferidos dos usuários para assistir conteúdos audiovisuais.

A afirmação foi feita pelo presidente da Mobile World Congress Americas (MWC Americas), Reed Peterson, em entrevista à Agência Efe. Nesta quarta-feira, ele abre a segunda edição do MWC Americas, em Los Angeles, evento que discutirá o presente e o futuro da tecnologia móvel com vários representantes do setor.

"Costumava ser a terceira ou a quarta tela. Você via algo na televisão, ia ao cinema e usava o computador. Mas agora é sua primeira tela, é o lugar no qual você acessa tudo: os conteúdos, a imprensa, o entretenimento", disse Peterson.

Com a GSMA e a CTIA, duas associações que representam as principais operadoras do mundo, como organizadoras do evento, o MWC Americas é, ao lado do MWC Xangai, uma réplica em menor escala do Mobile World Congress, realizado em Barcelona desde 2006.

Após estrear em 2017 em San Francisco, MWC Americas terá esta e suas duas próximas edições realizadas em Los Angeles.

Emocionado pela mudança de cidade, Peterson ressaltou que o desembarque do evento na capital mundial do entretenimento é uma resposta aos "vínculos cada vez mais estreitos entre as empresas de tecnologias móveis e as do lazer".

"Há muita inovação ocorrendo por aqui no entorno da indústria do entretenimento midiático. Portanto, essa convergência tinha muito sentido para nós", afirmou Peterson.

Mais de 21 mil pessoas participaram da primeira edição do MWC Americas, que também teve a presença de mais de mil empresas.

Os organizadores esperam superar os números neste ano graças à participação de gigantes do setor, como T-Mobile, Verizon, Google, Samsung e Microsoft.

Além do entretenimento nos celulares, Peterson deu pistas sobre os temas que devem ganhar destaque nas palestras, debates e conversas nos corredores do MWC Americas.

Entre eles, destacou a tecnologia 5G, a inovação trazida por startups, a internet das coisas e a quarta revolução industrial.

"A quarta revolução industrial tem a ver com a inovação, a tecnologia, a vida digital e toda a revolução que está ocorrendo em torno disso. É realidade aumentada, realidade virtual, a internet das coisas e a tecnologia 5G, da qual tudo isso depende", explicou.

Peterson também falou sobre a preocupação dos cidadãos sobre a privacidade e a segurança de seus dados na internet.

"É absoluta e criticamente importante para nós. Me parece assombroso o que os operadores sabem de nós. Sabem, com serviços de localização, por onde estou passando todas as manhãs e que passei por um Starbucks. Mas as operadoras tomam precauções extremas e são muito cuidadosas com essas informações", ressaltou.

"É como um equilíbrio entre a indústria móvel, que tradicionalmente foi muito precavida sobre isso, e outras indústrias que querem monetizar essas informações", afirmou.

Por fim, Peterson expressou o desejo de ampliar o foco do MWC Americas para que ele não seja só uma reunião de empresários e especialistas no setor. Já nesta segunda edição, 6 mil jovens participarão do evento por meio do Youth Mobile Festival.

"Ver os aspectos de conectividade e tecnologia através dos olhos de estudantes é algo muito diferente do que fazê-lo através dos olhos de um executivo. É um comportamento muito diferente", afirmou.