Protestos durante greve geral bloqueiam principais pontos de Buenos Aires
Buenos Aires, 25 set (EFE).- Manifestações convocadas por organizações de esquerda bloquearam alguns dos principais pontos de Buenos Aires nesta terça-feira, como parte da greve geral que sindicatos da Argentina convocaram contra medidas que o governo do presidente Mauricio Macri está implementando para acabar com a crise econômica no país.
Dezenas de pessoas ocuparam desde o início do dia a Ponte Pueyrredón (uma das entradas da cidade), se reuniram no emblemático Obelisco ou foram à Praça de Maio, onde fica a Casa Rosada, sede da presidência argentina.
Entre os presentes na concentração no Obelisco estava Silvia Saravia, coordenadora nacional do movimento social "Barrios de Pie". Ela contou à Agência Efe que o movimento ganhou força, entre outros aspectos, por causa do acordo que o governo de Mauricio Macri está renegociando com o Fundo Monetário Internacional (FMI) esta semana nos Estados Unidos.
Com este empréstimo, o governo pretende agilizar as reformas para reduzir o alto déficit fiscal ao qual atribui a falta de confiança dos investidores, mas os sindicatos defendem que ele provocará a chegada de fortes ajustes na economia que afetarão os mais vulneráveis.
"Isso se traduz em um ajuste muito forte. O orçamento que o Congresso Nacional propôs é bastante claro", disse ela sobre o projeto de Orçamento para 2019 que o governo apresentou na semana passada e lembrando que as pessoas têm que enfrentar "inflação, aumento das tarifas e falta de trabalho".
Por isso, segundo ela, é preciso fortalecer as pequenas e médias empresas, as economias regionais e dar prioridade a ciência e tecnologia.
"São áreas para as quais este governo está colocando um orçamento baixíssimo, e como projeto de país, a médio prazo, elas não têm perspectiva", afirmou.
Ofelia Góngora, também do "Barrios de Pie", era outra das cerca de 50 pessoas no protesto na Avenida 9 de Julio, convocado pela Confederação Geral do Trabalho (CGT).
"Macri está interessado em governar para os ricos. Dizia que teríamos pobreza zero. Essa pobreza zero nunca chegou. Ao contrário, continua crescendo a indigência. E isso do FMI, sabemos perfeitamente que vai fazer um acordo, mas está errado", comentou.
Desde ontem à tarde, as seis linhas do metrô de Buenos Aires estão completamente paradas devido à adesão dos metroviários à greve e só devem voltar a funcionar amanhã de manhã.
Durante o dia, trens e ônibus urbanos não estiveram disponíveis, escolas, bancos e portos não abriram as portas, e hospitais estão funcionando com os serviços mínimos. Nos aeroportos, centenas de voos foram cancelados ou sofreram atrasos e, segundo estimativas do setor, pelo menos 60 mil passageiros foram afetados.
Além dos protestos na capital do país, houve manifestações nas províncias de Tucumán, San Luis, Salta, Mendoza e La Rioja.
Dezenas de pessoas ocuparam desde o início do dia a Ponte Pueyrredón (uma das entradas da cidade), se reuniram no emblemático Obelisco ou foram à Praça de Maio, onde fica a Casa Rosada, sede da presidência argentina.
Entre os presentes na concentração no Obelisco estava Silvia Saravia, coordenadora nacional do movimento social "Barrios de Pie". Ela contou à Agência Efe que o movimento ganhou força, entre outros aspectos, por causa do acordo que o governo de Mauricio Macri está renegociando com o Fundo Monetário Internacional (FMI) esta semana nos Estados Unidos.
Com este empréstimo, o governo pretende agilizar as reformas para reduzir o alto déficit fiscal ao qual atribui a falta de confiança dos investidores, mas os sindicatos defendem que ele provocará a chegada de fortes ajustes na economia que afetarão os mais vulneráveis.
"Isso se traduz em um ajuste muito forte. O orçamento que o Congresso Nacional propôs é bastante claro", disse ela sobre o projeto de Orçamento para 2019 que o governo apresentou na semana passada e lembrando que as pessoas têm que enfrentar "inflação, aumento das tarifas e falta de trabalho".
Por isso, segundo ela, é preciso fortalecer as pequenas e médias empresas, as economias regionais e dar prioridade a ciência e tecnologia.
"São áreas para as quais este governo está colocando um orçamento baixíssimo, e como projeto de país, a médio prazo, elas não têm perspectiva", afirmou.
Ofelia Góngora, também do "Barrios de Pie", era outra das cerca de 50 pessoas no protesto na Avenida 9 de Julio, convocado pela Confederação Geral do Trabalho (CGT).
"Macri está interessado em governar para os ricos. Dizia que teríamos pobreza zero. Essa pobreza zero nunca chegou. Ao contrário, continua crescendo a indigência. E isso do FMI, sabemos perfeitamente que vai fazer um acordo, mas está errado", comentou.
Desde ontem à tarde, as seis linhas do metrô de Buenos Aires estão completamente paradas devido à adesão dos metroviários à greve e só devem voltar a funcionar amanhã de manhã.
Durante o dia, trens e ônibus urbanos não estiveram disponíveis, escolas, bancos e portos não abriram as portas, e hospitais estão funcionando com os serviços mínimos. Nos aeroportos, centenas de voos foram cancelados ou sofreram atrasos e, segundo estimativas do setor, pelo menos 60 mil passageiros foram afetados.
Além dos protestos na capital do país, houve manifestações nas províncias de Tucumán, San Luis, Salta, Mendoza e La Rioja.
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