América Latina e Caribe enfrentam os desafios do auge do comércio digital
Miami, 28 nov (EFE).- A região da América Latina e do Caribe está aumentando a imersão no comércio eletrônico e nos pagamentos digitais, e especialistas neste setor ressaltaram a importância de a indústria implementar e aproveitar as soluções existentes para que aumentem a segurança e a confiança dos usuários.
No Fórum de Inovação que a Mastercard realiza em Miami entre os dias 26 e 29 e onde estão presentes líderes e players do sistema de pagamentos, uma das principais mensagens foi sobre as soluções que gerarão um meio confortável e seguro para o consumidor.
Nos próximos três anos, segundo estimativas dos analistas, as transações pela internet vão ultrapassar as presenciais nas lojas, por isso os consumidores latinos se mostram preocupados com a privacidade dos dados.
Em países como Brasil, México e Colômbia, 93% dos adultos estão preocupados que alguém possa ter acesso a suas informações pessoais ou financeiras, portanto praticamente a totalidade destas pessoas (97%) quer aprender a proteger seus dados.
O vice-presidente sênior de Soluções de Segurança para a América Latina e Caribe da Mastercard, Patricio Hernández, ressaltou em entrevista coletiva que "a segurança cibernética se transformou em um desafio para empresas, instituições e consumidores".
"Da mesma forma que os humanos temos um sistema de defesa e sabemos quando precisamos de remédios, nos aquecer ou nos refrescar, em tecnologia precisamos de um método similar para evitar riscos financeiros", avaliou.
No entanto, especialistas acreditam que o verdadeiro desafio é combinar a segurança com a conveniência da vida "digital", onde os consumidores possam realizar pagamentos em qualquer lugar e momento com um processo simples.
Para tanto, o vice-presidente de pagamentos digitais da Mastercard, Walter Pimienta, acredita que a chave está na implementação do sistema de token, com o qual o número de um cartão de crédito ou débito é transformado em outro número único e intransferível que protege os dados financeiros.
Este número será a referência para os comerciantes, por isso os dados completos do usuário permanecem encriptados, evitando que em caso de roubo digital os hackers consigam acesso às informações completas.
O relatório sobre o Índice de Evolução Digital para América Latina e Caribe (DEI LAC), elaborado pela The Fletcher School, da Universidade Tufts em parceria com a Mastercard e apresentado na terça-feira, revelou que o comércio eletrônico na região aumentou de um mercado de 126 milhões de pessoas em 2016 para 156 milhões em 2019. Em termos monetários, significa passar de US$ 40 bilhões para US$ 80 bilhões no mesmo período.
O presidente da Mastercard para América Latina e Caribe, Carlo Enrico, se disse "impressionado" com as possibilidades que a região oferece em termos de crescimento digital e defende focar este desenvolvimento na inclusão "financeira".
"Por um lado, encontramos o problema que pelo menos 46% dos latino-americanos não têm acesso a uma experiência financeira real e segura, o que nos oferece a oportunidade de melhorar este mercado", disse Enrico.
Em relação ao baixo desenvolvimento da economia digital, análises da companhia mostram que 80% das transações são ainda em dinheiro na América Latina, contra 50% na média mundial.
O decano de Negócios Globais da Fletcher School, Bhaskar Chakravorti, acredita que nos países onde predominam os pagamentos em dinheiro "as irregularidades ou a corrupção econômica" são maiores que em nações com um desenvolvimento digital estabelecido, já que este método "deixa rastros que o dinheiro físico não produz".
Chakravorti também frisou que a "inclusão financeira" ajudará a diminuir algumas desigualdades econômicas entre países.
No Fórum de Inovação que a Mastercard realiza em Miami entre os dias 26 e 29 e onde estão presentes líderes e players do sistema de pagamentos, uma das principais mensagens foi sobre as soluções que gerarão um meio confortável e seguro para o consumidor.
Nos próximos três anos, segundo estimativas dos analistas, as transações pela internet vão ultrapassar as presenciais nas lojas, por isso os consumidores latinos se mostram preocupados com a privacidade dos dados.
Em países como Brasil, México e Colômbia, 93% dos adultos estão preocupados que alguém possa ter acesso a suas informações pessoais ou financeiras, portanto praticamente a totalidade destas pessoas (97%) quer aprender a proteger seus dados.
O vice-presidente sênior de Soluções de Segurança para a América Latina e Caribe da Mastercard, Patricio Hernández, ressaltou em entrevista coletiva que "a segurança cibernética se transformou em um desafio para empresas, instituições e consumidores".
"Da mesma forma que os humanos temos um sistema de defesa e sabemos quando precisamos de remédios, nos aquecer ou nos refrescar, em tecnologia precisamos de um método similar para evitar riscos financeiros", avaliou.
No entanto, especialistas acreditam que o verdadeiro desafio é combinar a segurança com a conveniência da vida "digital", onde os consumidores possam realizar pagamentos em qualquer lugar e momento com um processo simples.
Para tanto, o vice-presidente de pagamentos digitais da Mastercard, Walter Pimienta, acredita que a chave está na implementação do sistema de token, com o qual o número de um cartão de crédito ou débito é transformado em outro número único e intransferível que protege os dados financeiros.
Este número será a referência para os comerciantes, por isso os dados completos do usuário permanecem encriptados, evitando que em caso de roubo digital os hackers consigam acesso às informações completas.
O relatório sobre o Índice de Evolução Digital para América Latina e Caribe (DEI LAC), elaborado pela The Fletcher School, da Universidade Tufts em parceria com a Mastercard e apresentado na terça-feira, revelou que o comércio eletrônico na região aumentou de um mercado de 126 milhões de pessoas em 2016 para 156 milhões em 2019. Em termos monetários, significa passar de US$ 40 bilhões para US$ 80 bilhões no mesmo período.
O presidente da Mastercard para América Latina e Caribe, Carlo Enrico, se disse "impressionado" com as possibilidades que a região oferece em termos de crescimento digital e defende focar este desenvolvimento na inclusão "financeira".
"Por um lado, encontramos o problema que pelo menos 46% dos latino-americanos não têm acesso a uma experiência financeira real e segura, o que nos oferece a oportunidade de melhorar este mercado", disse Enrico.
Em relação ao baixo desenvolvimento da economia digital, análises da companhia mostram que 80% das transações são ainda em dinheiro na América Latina, contra 50% na média mundial.
O decano de Negócios Globais da Fletcher School, Bhaskar Chakravorti, acredita que nos países onde predominam os pagamentos em dinheiro "as irregularidades ou a corrupção econômica" são maiores que em nações com um desenvolvimento digital estabelecido, já que este método "deixa rastros que o dinheiro físico não produz".
Chakravorti também frisou que a "inclusão financeira" ajudará a diminuir algumas desigualdades econômicas entre países.
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