Amazon diz que seguiu políticas próprias para utilizar dados do Facebook
Washington, 19 dez (EFE).- A Amazon tentou nesta quarta-feira de se distanciar do novo escândalo de privacidade do Facebook, revelado pelo jornal "The New York Times", e afirmou que só utiliza dados fornecidos pela rede social para habilitar a experiência da empresa parceira dentro de seus produtos.
"A Amazon utiliza a API fornecido pelo Facebook para habilitar as experiências da rede social para nossos produtos. Por exemplo, dar aos clientes a opção de sincronizar os contatos do Facebook em um tablet da Amazon", afirmou a companhia em comunicado.
"Utilizamos as informações só de acordo com nossa política de privacidade", explicou a Amazon na nota.
As declarações foram publicadas horas depois de o "Times" revelar que o Facebook compartilhou mais dados pessoais de seus usuários com outras grandes empresas de tecnologia, como Microsoft, a própria Amazon e Netflix, do que se sabia até então.
O jornal teve acesso a centenas de documentos internos da companhia fundada por Mark Zuckerberg que revelam o compartilhamento dos dados sem o consentimento dos usuários.
O Facebook autorizou, por exemplo, o Bing, o motor de busca da Microsoft, a ver todas as amizades dos usuários da rede social. Netflix e Spotify puderam conversas privadas feitas pelo Messenger.
Já para a Amazon, o Facebok deu acesso aos nomes dos usuários e suas informações de contato. O Yahoo, também envolvido na polêmica, conseguiu acesso às publicações dos amigos dos usuários.
Algumas dessas práticas ocorreram pelo menos até o verão no Hemisfério Norte, quando o Facebook foi abalado por múltiplos escândalos de privacidade e disse que não permitia tal prática.
No total, cerca de 150 empresas, a maior parte delas do setor de tecnologia, se beneficiaram desses acordos para ter acesso aos dados do Facebook, que tem 2,2 bilhões de usuários.
O diretor de Desenvolvimento de Plataformas e Programas do Facebook, Konstantinos Papamiltiadis, afirmou que nenhuma das empresas teve acesso a dados dos usuários sem consentimento. Além disso, ele garantiu que a companhia não violou um acordo firmado com o governo dos Estados Unidos em 2002. EFE
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