EUA culpam China por crise atual no sistema multilateral de comércio
Genebra, 19 dez (EFE).- Os Estados Unidos receberam nesta semana muitas críticas dentro da Organização Mundial do Comércio (OMC) pela política comercial empreendida desde a chegada de Donald Trump à presidência, mas se defenderam acusando a China de ser o verdadeiro elemento desestabilizador global.
Representantes dos países-membros da OMC efetuaram entre a última segunda-feira e hoje uma revisão da política comercial dos Estados Unidos nos dois anos de presidência de Trump, mas o embaixador americano na organização, Dennis Shea, tentou desviar a atenção para a China.
Segundo Shea, a China "obriga a realização de transferência de tecnologia ou a rouba diretamente se considerar adequado, para se transformar no principal produtor. A China subsidia e mantém um excesso de capacidade em vários setores, forçando produtores de outros países a fechar".
As medidas que os Estados Unidos estão tomando são necessárias "se não queremos nos resignar a curar as feridas infligidas pela China a nossos cidadãos", conforme disse o diplomata americano.
Shea reiterou a incompatibilidade do regime econômico do país asiático, "que causa distorções e é alheia ao mercado" com um sistema de comércio internacional aberto, transparente e previsível.
Já o representante diplomático da China, Zhang Xiangchen, respondeu às críticas dos Estados Unidos com o argumento de que seu país "rejeita o papel de bode expiatório" e lembrou que os três dias de reuniões da OMC foram convocados para revisar a política comercial americana, não a chinesa, algo que a organização já fez em meados deste ano.
A troca de acusações reflete o momento tenso de relações entre os dois países com as duas maiores economias do mundo, que desde julho vêm aplicando tarifas um contra o outro, que podem aumentar no próximo ano se Trump cumprir com suas advertências. EFE
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