IPCA
0,83 Mar.2024
Topo

Pilotos da Argentina anunciam greve de 48 horas a partir de 5ª feira

16/01/2019 20h49

Buenos Aires, 16 jan (EFE).- A Associação de Pilotos de Linhas Aéreas (Apla) e a União de Pilotos de Linhas Aéreas (Uala) da Argentina anunciaram nesta quinta-feira uma greve total de atividades por 48 horas a partir de quinta-feira, um protesto contra a lei que favorece a chegada de pilotos estrangeiros ao país.

"Em linha com a atual política aerocomercial, a Anac (Administração Nacional de Aviação Civil) insiste em abrir livremente nossos céus a pilotos estrangeiros para poder nos substituir se exercermos o nosso direito constitucional de greve", recrimina a Apla em texto publicado no Facebook.

Esta situação já levou os sindicatos do setor a levarem adiante medidas similares nos últimos meses. A última foi em dezembro, para protestar contra a chegada de profissionais estrangeiros e as demissões no setor.

Naquela época, as associações tinham convocado outra greve de 48 horas, mas o governo a cancelou após ditar um período de "conciliação obrigatória", manobra legal que obriga as partes a se reunirem até chegarem a um acordo que resolva o conflito trabalhista, com um prazo de 15 dias.

"Após um mês de negociações como parte da Conciliação Obrigatória, o diretor da Anac, Tomás Insausti, optou por manter a vigência da Resolução 895/18 que modificou a revalidação de licenças estrangeiras de pilotos", disse a Apla nesta quarta-feira.

"A experiência em outras partes da região e do mundo já provou as nefastas consequências destas medidas para os trabalhadores", acrescenta o texto.

Os sindicatos destacam que o fato de não terem chegado a um entendimento causa a retomada do "plano de luta" ao considerar que a legislação atual afeta o futuro de todos os pilotos argentinos.

"Em defesa das nossas fontes e condições trabalhistas, anunciamos junto a UALA uma greve total de atividades em todas as empresas que operam no país. Obviamente, pedimos as nossas mais sinceras desculpas aos usuários pelos inconvenientes que esta medida pode ocasionar", afirmam. EFE