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Contas venezuelanas nos EUA ficam em mãos de Guaidó, diz senador Marco Rubio

28/01/2019 00h42

Washington, 28 jan (EFE).- O senador republicano Marco Rubio, muito influente na política da Casa Branca para a Venezuela, afirmou neste domingo que o Governo americano passou o controle de várias contas do Estado venezuelano sob jurisdição dos Estados Unidos ao autoproclamado presidente do país, Juan Guaidó.

"Os Estados Unidos deram o controle de contas bancárias no país do Governo venezuelano e do Banco Central Venezuelano ao governo legítimo do presidente interino @jguaido", escreveu Rubio em sua conta do Twitter.

Rubio acompanhou sua mensagem com um artigo de opinião no jornal "The Wall Street Journal", cuja colunista afirmava que "na sexta-feira, os EUA deram ao senhor Guaidó o controle de contas do Governo venezuelano no Banco do Federal Reserv de Nova York e em outros bancos assegurados nos EUA".

O Governo do presidente americano, Donald Trump, não confirmou imediatamente a afirmação de Rubio, mas a Casa Branca já tinha antecipado que essa medida era uma possibilidade.

Com o reconhecimento de Guaidó, mudam as autoridades que "tomam legitimamente as decisões com relação às transações econômicas entre a Venezuela e os EUA, o que terá muitas consequências", explicou um funcionário da Casa Branca, que pediu anonimato, na quarta-feira passada.

Não está claro se a medida afeta todas as contas do Estado venezuelano nos EUA, que em alguns casos ficaram submissas a sanções econômicas de Washington.

Rubio, que esteve muito envolvido nas consultas com a Casa Branca sobre a Venezuela, previu hoje também que nos próximos dias haverá mais detalhes sobre o futuro das transações relacionadas com o petróleo entre EUA e o país caribenho.

"Quase 75% do efetivo recebido pela PDVSA (a companhia petrolífera estatal venezuelana) (...) vem através petróleo que mandam a refinarias dos EUA (...) O que é lógico é que se siga comprando, mas que o dinheiro fique à disposição do Governo legítimo" de Guaidó, disse Rubio à emissora "Univisión". EFE