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EUA tentam separar caso Huawei de negociações comerciais com a China

29/01/2019 15h24

Washington, 29 jan (EFE).- O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, afirmou nesta terça-feira que espera "significativos progressos" nas negociações comerciais com a China nesta semana e tentou minimizar o impacto das acusações americanas a Huawei, uma das principais empresas chinesas de tecnologia.

"Os temas fundamentais sobre os quais falamos são: acesso ao mercado, garantir a não obrigação do estabelecimento de empresas conjuntas, que não haja transferência forçada de tecnologia e a criação de um mecanismo para que, uma vez fechado o acordo, possamos fiscalizar e fazer cumprir", indicou Mnuchin em entrevista à emissora "Fox Business".

"Espero que consigamos significativos progressos nesta semana nesses tópicos", ressaltou.

Mnuchin tentou distanciar as negociações da decisão do Departamento de Justiça de acusar formalmente a Huawei de cometer fraude fiscal ao burlar as sanções impostas pelos americanos ao Irã. A empresa também foi denunciada por roubar segredos comerciais.

"Esse tema não é parte das discussões comerciais. Qualquer questão que tenha relação com a violação das leis dos EUA ou com as sanções estão em um caminho separado", afirmou.

A Casa Branca acusou a Huawei ontem e confirmou o pedido de extradição feito ao Canadá para a diretora financeira da empresa, Meng Whazou, presa no país vizinho após solicitação dos EUA.

A delegação chinesa que visita Washington é liderada pelo vice-primeiro-ministro, Liu He. Amanhã, ele se reunirá com Mnuchin e com o representante de Comércio Exterior dos EUA, Robert Lighthizer.

Além disso, a Casa Branca confirmou ontem uma reunião entre Liu e o presidente americano, Donald Trump.

Os encontros fazem parte do acordo firmado entre Trump e o presidente da China, Xi Jiping, durante a cúpula do G20. O objetivo das reuniões é minimizar as tensões comerciais entre os dois países para chegar a um acordo que satisfaça as duas partes.

Trump fixou como prazo o dia 1º de março para assinar um acordo com a China. Caso contrário, prometeu elevar a sobretaxa aplicada sobre a importação de US$ 200 bilhões em produtos chineses de 10% para 25%. EFE