Paraguai fecha seu espaço aéreo ao modelo de avião acidentado na Etiópia
Assunção, 14 mar (EFE).- A Direção Nacional de Aeronáutica Civil do Paraguai (Dinac) comunicou nesta quinta-feira a "suspensão temporária" das operações em seu espaço aéreo dos aviões Boeing 737 MAX8 e MAX9, após a queda de uma dessas aeronaves no domingo passado na Etiópia, que provocou 157 mortes.
Apesar de a Paranair, única linha aérea com bandeira paraguaia, não contar com esses aviões em sua frota, segundo apurou a Agência Efe, as autoridades aeronáuticas do país proibiram que essas aeronaves sobrevoem seu território.
A suspensão, que tem caráter "temporário", estará em vigor até que "existam conclusões da investigação dos lamentáveis acidentes ocorridos", em referência ao do domingo passado na Etiópia e ao ocorrido em outubro de 2018 na Indonésia com o mesmo modelo de avião, no qual morreram 189 pessoas.
A Dinac acrescentou que reabrirá seu espaço aéreo quando as aeronaves sejam "inspecionadas novamente para comprovar e garantir sua aeronavegabilidade de forma segura".
Além disso, o organismo informou que, após o acidente na Etiópia, entrou em contato com as autoridades aéreas de Brasil, Argentina e Panamá, já que algumas das suas companhias que operam no Paraguai utilizam aviões desse tipo, embora não costumem ser usados nas rotas com origem ou destino no país.
A Dinac afirmou ainda que coordenará suas ações em torno deste assunto com o escritório regional na América do Sul da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO).
O Paraguai se soma assim aos mais de 50 países, entre eles Brasil e Estados Unidos, que desde domingo ordenaram a suspensão das operações dos modelos 737 MAX 8 e 9 da Boeing em seu espaço aéreo.
Por sua parte, a empresa americana paralisou nesta quinta-feira as entregas do modelo MAX8, embora tenha decidido manter o ritmo de produção de 52 aeronaves mensais, enquanto "avalia a situação".
A Boeing perdeu 1,02% de seu valor na bolsa nesta quinta-feira, acumulando uma perda de 11% desde o início das sessões em Wall Street na segunda-feira após o acidente, o que implica em uma perda de mais de US$ 27 bilhões em capitalização de mercado. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.