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Paraguai fecha seu espaço aéreo ao modelo de avião acidentado na Etiópia

14/03/2019 20h18

Assunção, 14 mar (EFE).- A Direção Nacional de Aeronáutica Civil do Paraguai (Dinac) comunicou nesta quinta-feira a "suspensão temporária" das operações em seu espaço aéreo dos aviões Boeing 737 MAX8 e MAX9, após a queda de uma dessas aeronaves no domingo passado na Etiópia, que provocou 157 mortes.

Apesar de a Paranair, única linha aérea com bandeira paraguaia, não contar com esses aviões em sua frota, segundo apurou a Agência Efe, as autoridades aeronáuticas do país proibiram que essas aeronaves sobrevoem seu território.

A suspensão, que tem caráter "temporário", estará em vigor até que "existam conclusões da investigação dos lamentáveis acidentes ocorridos", em referência ao do domingo passado na Etiópia e ao ocorrido em outubro de 2018 na Indonésia com o mesmo modelo de avião, no qual morreram 189 pessoas.

A Dinac acrescentou que reabrirá seu espaço aéreo quando as aeronaves sejam "inspecionadas novamente para comprovar e garantir sua aeronavegabilidade de forma segura".

Além disso, o organismo informou que, após o acidente na Etiópia, entrou em contato com as autoridades aéreas de Brasil, Argentina e Panamá, já que algumas das suas companhias que operam no Paraguai utilizam aviões desse tipo, embora não costumem ser usados nas rotas com origem ou destino no país.

A Dinac afirmou ainda que coordenará suas ações em torno deste assunto com o escritório regional na América do Sul da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO).

O Paraguai se soma assim aos mais de 50 países, entre eles Brasil e Estados Unidos, que desde domingo ordenaram a suspensão das operações dos modelos 737 MAX 8 e 9 da Boeing em seu espaço aéreo.

Por sua parte, a empresa americana paralisou nesta quinta-feira as entregas do modelo MAX8, embora tenha decidido manter o ritmo de produção de 52 aeronaves mensais, enquanto "avalia a situação".

A Boeing perdeu 1,02% de seu valor na bolsa nesta quinta-feira, acumulando uma perda de 11% desde o início das sessões em Wall Street na segunda-feira após o acidente, o que implica em uma perda de mais de US$ 27 bilhões em capitalização de mercado. EFE