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Barril do Brent fecha em forte baixa de 2,72%

26/04/2019 16h25

Londres, 26 abr (EFE).- O preço do barril de petróleo Brent para entrega em junho fechou nesta sexta-feira em forte baixa de 2,72%, cotado a US$ 72,16.

O petróleo do Mar do Norte, de referência na Europa, terminou o pregão no International Exchange Futures (ICE) US$ 2,02 abaixo do valor final da sessão de ontem, que foi de US$ 74,18.

A realização de lucros entre os investidores, depois que o Brent atingiu ontem seu preço máximo deste ano, junto com as expectativas de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) compense os barris que o Irã deixará de exportar, lastraram a cotação.

"O petróleo termina a semana em baixa, dado que os operadores estão garantindo seus lucros", declarou David Madden, analista da empresa CMC Markets.

Também contribuiu para a queda de hoje a perspectiva entre os analistas de que a OPEP, liderada pela Arábia Saudita, aceitará os pedidos de Washington para aumentar sua produção.

O presidente americano, Donald Trump, anunciou esta semana o fim das isenções que outorgou a oito países para que pudessem continuar importando petróleo do Irã.

A expectativa é que esse movimento retire do mercado pelo menos meio milhão de barris diários durante o segundo semestre do ano.

A OPEP e seus aliados, entre eles a Rússia, mantêm em vigor desde janeiro deste ano medidas para reduzir sua produção conjunta, um plano com o qual conseguiram impulsionar em mais de 40% os preços do petróleo desde que chegaram ao fundo do poço no final de dezembro.

O mercado espera agora que o cartel liderado por Riad confirme se modificará seus níveis de bombeamento para equilibrar a oferta e a demanda, levando em conta a queda de produção global causada pelas sanções americanas sobre o Irã.

Em uma nota dirigida aos investidores, o banco Goldman Sachs esfriou esta semana a possibilidade de que as medidas dos EUA disparem o preço além do seu nível atual e reiterou sua perspectiva de que o Brent se mantenha em uma categoria entre US$ 70 e US$ 75 no segundo trimestre. EFE