Mais de 800 milhões de pessoas no mundo não têm acesso à energia, segundo BM
Washington, 22 mai (EFE).- O Banco Mundial (BM) informou em relatório divulgado nesta quarta-feira que mais de 10% da população mundial não tem acesso à energia elétrica, o que corresponde a aproximadamente 840 milhões de pessoas, a maior parte concentrada na África Subsaariana, apesar dos "notáveis avanços" ocorridos na última década.
O órgão de financiamento para o desenvolvimento ressaltou que os progressos dos últimos anos reduziram paulatinamente o número de pessoas sem acesso à energia elétrica.
Em 2010, 1,2 bilhão de pessoas não tinham acesso à eletricidade, enquanto em 2016 esse número caiu para 1 bilhão de pessoas e em 2019 chegou a 840 milhões de pessoas.
O BM ressaltou, nesse sentido, que os maiores progressos foram registrados em Índia, Bangladesh, Quênia e Mianmar.
No entanto, o maior desafio continua sendo as áreas mais remotas, especificamente na África Subsaariana, onde 570 milhões de pessoas vivem sem acesso à eletricidade.
Nesta região, 44% das pessoas tem acesso a fornecimento elétrico, frente a 89% em nível global.
Um dos casos mais dramáticos acontece no Chade, onde apenas 11% da população tem acesso à eletricidade, país seguido por República Democrática do Congo (19%), Libéria (21%), Serra Leoa (23%) e Madagascar (24%).
"O progresso que vimos nos últimos anos é encorajador, já que o número de pessoas sem eletricidade caiu para 840 milhões. Porém, ainda há muito o que fazer já que grande parte delas vive em países mais pobres", disse Riccardo Puliti, diretor de Energia do BM em comunicado.
O acesso universal a serviços energéticos acessíveis e confiáveis é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU com a intenção de serem alcançados até 2030.
Além disso, o relatório da organização avaliou positivamente as conquistas realizadas em matéria de energia renovável, com 17,5% do total do consumo global frente aos 16,6% em 2010.
No entanto, o documento ressaltou que as energias renováveis aumentaram rapidamente a geração de eletricidade, mas a um ritmo mais lento no que se refere à calefação e ao transporte.
Outro aspecto importante apontado pelo relatório do BM é sobre os "fogões limpos", destinados a evitar a fumaça dentro dos lares, fator que afeta especialmente mulheres e crianças através da queima de carvão e de madeira.
O uso de "fogões limpos" em nível global passou de 57% em 2010 para 61% em 2017. EFE
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