Boeing prepara 737 MAX para avaliação e estuda compensar companhias aéreas
Nova York, 29 mai (EFE).- A Boeing prepara os últimos detalhes com autoridades para a retomada dos voos com as aeronaves 737 MAX, que foram suspensos em quase todo mundo após dois graves acidentes com centenas de mortos, e estuda compensar algumas companhias aéreas que tiveram que mudar os planos diante dessa determinação, afirmou nesta quarta-feira o executivo-chefe da empresa, Dennis Muilenburg.
Em um fórum empresarial organizado em Nova York pela firma de análise financeira Bernstein, Muilenburg falou em "sólidos progressos" em relação à revisão da Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA sobre este modelo de aeronave.
A fabricante de aviões "entende claramente que o vínculo comum" entre os acidentes com os voos 610 da companhia Lion Air, em outubro de 2018, e o 302 da Ethiopian Airlines, em março de 2019, que causaram quase 350 mortes, foi o software de controle de voo conhecido como MCAS, e há algumas semanas realizou progressos que devem ser aprovados pelas autoridades.
"Completamos o teste de engenharia e de voo com o software (melhorado) e estamos no processo de solicitar a certificação final. Estamos finalizando esse diálogo com a FAA, trabalhando em uma série de questões e respostas, e uma vez isso termine, programaremos um voo de recertificação. Esse será o seguinte passo para que o avião volte a operar", disse.
Muilenburg também revelou que nas últimas semanas a empresa esteve trabalhando com companhias aéreas na "preparação para a operação" desses aviões em cidades com aeroportos de grande tráfego como Miami, Singapura, Moscou e Tóquio.
O executivo ressaltou que a Boeing está focada em "conseguir a aprovação" das autoridades para que o 737 MAX voe de novo, "sem datas específicas", mas considerou "outro sinal de progresso" a reunião que a FAA realizou com 30 reguladores de todo o mundo na semana passada no Texas, na qual fizeram "perguntas extensas".
Como em outras ocasiões, Muilenburg expressou condolências às vítimas dos acidentes, reconheceu que "a confiança do público foi afetada" e se mostrou disposto a resolver a crise "tomando todas as ações necessárias", entre elas compensar as companhias aéreas.
"Falamos com clientes sobre como podemos resolver estes problemas, em alguns casos através do posicionamento de frota, em outros com serviços de apoio ao treinamento, ou a partir de moedas que sejam valiosas para eles. Em alguns casos o dinheiro pode ser parte da solução", admitiu.
Segundo o executivo, essas opções são tratadas de maneira individual com cada companhia aérea.
Muilenburg, que frisou várias vezes que a Boeing atravessa um "momento decisivo", no entanto disse que as perspectivas a longo prazo para a companhia e a demanda dos 737 MAX não mudaram, e por isso há uma necessidade de ter um calendário voltado para a normalização das operações com o avião, e no futuro reacelerar a produção. EFE
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