Nova York proíbe a venda de cigarros eletrônicos com sabor
Nova York, 15 set (EFE).- O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou neste domingo a proibição dos cigarros eletrônicos com sabor, uma tentativa de "combater o aumento do consumo de produtos de vapor entre os jovens".
Cuomo, que emitiu um decreto, também ordenou que as corporações de segurança aumentem os esforços para dificultar a venda desses produtos aos jovens e menores de idade. A idade mínima para fumar em Nova York é 21 anos.
Além disso, o governador antecipou que preparará uma nova legislação para combater a "publicidade enganosa" dos cigarros eletrônicos voltada a jovens.
"Os fabricantes de cigarros eletrônicos com sabor de frutas e sabores doces estão se dirigindo intencionalmente e imprudentemente aos jovens, e hoje estamos tomando medidas para encerrar isto. Ao mesmo tempo, lojas sem escrúpulos estão vendendo, conscientemente, produtos de vapor a menores de idade", denunciou.
Na sexta-feira passada foi lançado um programa educacional sobre vaporizadores e emitido outro decreto para ampliar os programas escolares e campanhas de marketing destinados a reduzir o consumo de tabaco, de modo que também contemplem cigarros eletrônicos e nicotina líquida.
Segundo o estado de Nova York, embora o percentual de fumantes entre os estudantes de ensino superior tenha caído de 27,1%, em 2000, para o recorde mais baixo, de 4,3%, em 2016, o marketing agressivo dos cigarros eletrônicos com sabor está mudando essa tendência.
O Departamento de Saúde do estado recebeu 56 relatórios de médicos sobre graves doenças pulmonares em pacientes entre de 15 a 46 anos.
Cerca de 40% dos estudantes do último ano do ensino médio e 27% dos estudantes de ensino superior no estado estão usando cigarros eletrônicos.
O estado também ressalta que 27,4% dos estudantes do ensino superior usavam cigarro eletrônico em 2018, 160% a mais que em 2014, quando era de 10,5%.
Essas ações coincidem com um relatório divulgado pelo Departamento de Saúde da cidade de Nova York que alerta para o aumento do consumo dos cigarros eletrônicos nos colégios e que esses vaporizadores ameaçam acabar com décadas de progresso na luta contra o consumo de nicotina entre os mais jovens.
Segundo o relatório, em 2018, 2,6% dos estudantes de 11 e 12 anos diziam já ter fumado pelo menos uma vez nos 30 dias anteriores à pesquisa. A porcentagem aumenta para 9% entre os estudantes de 12 e 13 anos, e para 8,4% entre os de 13 e 14 anos. EFE
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