Apesar de volatilidade, banco central do México reduz juros para 7,75%
Cidade do México, 26 set (EFE).- O Banco do México (Banxico) anunciou nesta quinta-feira que reduzirá a taxa de juros interbancária no país em 0,25 ponto percentual, para 7,75%, seguindo o corte feito pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos.
Apesar de reconhecer a volatilidade do mercado financeiro internacional, o Banxico decidiu acompanhar o movimento adotado pelo Fed há oito dias, quando o banco central americano optou por reduzir as taxas de juros nos EUA para o patamar entre 1,75% e 2%.
No comunicado em que explicou a decisão, o Banxico citou um contexto complicado de "episódios de volatilidade" no plano internacional, mas avaliou positivamente a evolução dos índices de inflação no país. Além disso, a instituição considerou a amplitude das condições econômicas e o comportamento recente das curvas de rendimento externo e interno para optar pela redução.
Em agosto, a inflação mexicana caiu 0,02% em relação ao mês anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice é de 3,16%, muito perto da meta de 3% estabelecida pelo Banxico.
"Para consolidar uma inflação baixa e estável, em um entorno no qual a formação de preços e as condições da economia estão submissas a risco, o Banxico continuará acompanhando de perto todos os fatores e elementos de incerteza", afirmou a instituição em comunicado.
O Banxico também afirmou que prevê uma ligeira recuperação da economia do país até dezembro e projeta um avanço de até 1,2% para o fim do ano. O PIB do México fechou o segundo trimestre estável, sem crescimento em relação aos três primeiros meses do ano.
No anúncio, o Banxico ressalta que uma moderação no ritmo de crescimento da economia mundial que continuou durante o terceiro trimestre do ano. Além disso, as perspectivas de expansão econômica global vêm sendo revisadas para baixo, em um cenário no qual as taxas de inflação nos países desenvolvidos estão inferiores às metas estabelecidas pelos respectivos bancos centrais.
Desta forma, várias instituições adotaram cortes nas taxas de juros, caso do Federal Reserve, ou anunciaram medidas para incentivar a economia, como o Banco Central Europeu.
"Há volatilidades nos mercados financeiros internacionais principalmente associadas às tensões comerciais entre Estados Unidos e China. (...) Adicionalmente, persistem outros riscos políticos e geopolíticos para a economia global", alertou o Banxico. EFE
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