No BID, Bachelet defende igualdade de condições entre homens e mulheres
Washington, 27 set (EFE).- A alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, afirmou nesta sexta-feira que o empoderamento feminino passa pela criação de condições que gerem igualdade entre homens e mulheres, em especial na divisão das responsabilidades dentro de casa.
"Quando era ministra de Saúde e chegava ao escritório, eu já tinha trabalhado três horas em casa. Enquanto isso, o subsecretário chegava descansado. Alguém tinha preparado o café da manhã para ele", explicou Bachelet, em discurso durante um evento que comemora os 60 anos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
"É importante gerar condições para que se dê essa igualdade entre homens e mulheres, não somente falar sobre isso. Um exemplo é apostar em uma maior corresponsabilidade nos papéis em casa", acrescentou a alta comissária da ONU.
Primeira mulher a ocupar a presidência do Chile, Bachelet ainda disse ser uma "otimista estratégica" sobre a diminuição das diferenças entre homens e mulheres.
"O mundo mudou. Agora as meninas dizem que querem ser médicas, presidentes. É fundamental ter esses modelos para elas", afirmou.
Apesar disso, as diferenças persistem. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no México, as mulheres ganham US$ 0,85 para cada US$ 1 que um homem recebe. No Brasil, a distância é ainda maior: US$ 0,74 para cada US$ 1.
Além de Bachelet, participaram do mesmo painel Manuela Carmena, ex-prefeita de Madrid, a pesquisadora brasileira Joana Varón, diretora da organização Coding Rights, e Vanessa Córdoba, jogada da seleção colombiana de futebol.
Córdoba disse que a atual geração de mulheres na América Latina está "despertando novas realidades" para o futuro, mas ressaltou que a "desigualdade de oportunidades" ainda persiste. "Ficar grávida é como uma lesão", disse a goleira.
Seis décadas depois de sua fundação, o BID é a principal instituição de fomento ao desenvolvimento regional, com mais de US$ 14 bilhões em empréstimos apenas no ano passado, que cobrem todas as categorias, desde o incentivo às energias verdes até a igualdade de gênero, passando por infraestrutura, educação e transição digital. EFE
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