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China anuncia acordo com os EUA para cancelamento gradual das tarifas

07/11/2019 07h46

Pequim, 7 nov (EFE).- O governo da China anunciou nesta quinta-feira ter entrado em acordo com os Estados Unidos para eliminar gradualmente as tarifas que as duas partes impuseram durante a guerra comercial iniciada em março de 2018.

O porta-voz do Ministério do Comércio chinês, Gao Feng, disse durante entrevista coletiva que só resta aos dois países dar um passo para abolir as tarifas e cumprir a chamada "primeira fase" de um acordo entre as potências para resolver o conflito.

Ainda de acordo com Gao, esse cancelamento de tarifas será uma condição para continuar avançando em direção a um acordo definitivo.

Ele disse que as equipes de negociação da China e dos EUA chegaram a consenso após conversas "extensas, construtivas e sérias" ocorridas nas últimas semanas.

"Os dois lados concordaram em eliminar as tarifas à medida que avançam as conversas. Se China e EUA chegarem a um acordo na 'primeira fase', os dois lados deverão eliminar as tarifas simultaneamente e na mesma proporção", afirmou.

Segundo Gao, as equipes de negociação esperam resolver o conflito "com base na igualdade e no respeito mútuo".

No último dia 26 de outubro, o governo chinês confirmou o andamento das negociações para um acordo comercial parcial e assegurou que as consultas técnicas sobre parte do texto já haviam sido concluídas.

Já o presidente americano, Donald Trump, descreveu o acordo como uma "primeira fase" de um processo que pode ser desenvolvido em até três etapas e deixou de lado seus planos de aumentar as tarifas sobre as importações de produtos chineses.

Até o momento, nenhum governo forneceu detalhes do acordo. Mas Trump disse incluir algumas medidas relacionadas com a desvalorização da moeda chinesa e questões de propriedade intelectual, embora não aborde a transferência forçada de tecnologia na China, uma questão que será discutida "na segunda fase".

O acordo também não resolve a questão dos vetos de exportação que afetam a empresa chinesa de telefonia Huawei, algo que está sendo negociado em um processo paralelo. EFE