Após decisão judicial, Uber deixará de operar na Colômbia
Bogotá, 10 jan (EFE).- A Uber anunciou nesta sexta-feira que deixará de operar na Colômbia no próximo dia 31 de janeiro, uma decisão que ocorre depois de uma decisão judicial que proíbe o funcionamento do aplicativo em todo o país.
"Em cumprimento à surpreendente decisão produzida pela Superintendência de Indústria e Comércio (SIC) no último dia 20 de dezembro, a partir das 0h de 1º de fevereiro, o Uber deixará de funcionar na Colômbia", informou a empresa em comunicado.
Na nota, a Uber afirma que considera a decisão da SIC arbitrária, contrária ao ordenamento jurídico colombiano e viola o devido processo e direitos constitucionais.
"A Uber respeita a lei e as decisões das autoridades. No entanto, decisões como esta respondem também à ausência de uma regulamentação do serviço de mobilidade colaborativa por meio de plataformas tecnológicas na Colômbia", disse a empresa.
A SIC determinou a proibição do funcionamento do Uber depois de um processo aberto pela empresa Cotech S.A, que presta serviço de telecomunicações para uma companhia de táxis.
A Uber lembrou hoje que foi a primeira empresa a oferecer no país uma "alternativa de mobilidade inovadora e confiável", lamentando que a Colômbia seja "o primeiro país do continente a fechar as portas para a tecnologia".
A decisão da SIC não afeta o aplicativo Uber Eats, de entrega de comida a domicílio. Por isso, a companhia norte-americana seguirá operando na Colômbia, interrompendo apenas o serviço de transporte de passageiros.
A Uber já entrou com um recurso contra a decisão da SIC e prometeu usar todos os meios legais para defender o direito de milhões de usuários de se moverem pelas cidades colombianas.
Quase 90 mil motoristas estão cadastrados na plataforma na Colômbia, segundo a Uber, que planeja acusar o país de violar um tratado de livre-comércio assinado com os Estados Unidos.
A empresa começou a operar na Colômbia em 2013 e está presente em ao menos 12 cidades. EFE
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