Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Opep vê crescimento da demanda por petróleo anulado pela crise do coronavírus

11/03/2020 19h00

Viena, 11 mar (EFE).- O aumento do consumo de petróleo em 2020 será reduzido a quase zero devido ao impacto da epidemia de coronavírus na economia, anunciou a Opep nesta quarta-feira, em relatório que reduz o crescimento da demanda de 990 mil para 60 mil barris por dia (bpd), 93% a menos que no ano passado.

No relatório mensal publicado hoje, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) também calcula que o volume de petróleo que o mundo vai exigir de seus 13 parceiros neste ano será reduzido em 5,8% (1,73 milhão bpd) em comparação com 2019, para 28,18 milhões bpd.

"O enorme impacto que o surto de Covid-19 teve até agora no crescimento econômico teve um impacto significativo no crescimento da procura de petróleo no primeiro trimestre de 2020 e, portanto, levou a uma revisão em baixa para mostrar menos de 0,1 milhão bpd de crescimento ao longo de todo o ano", explica o documento.

As estimativas se baseiam nos "efeitos adversos" que a epidemia já teve nos transportes e combustíveis para uso industrial na China, e no consumo de petróleo em outras regiões atingidas pelo coronavírus, como Japão, Coreia do Sul, Europa e Oriente Médio.

A Opep calcula agora que neste ano a procura total não ultrapassará, como havia previsto, a barreira psicológica de US$ 100 milhões, mas permanecerá em uma média de US$ 99,73 milhões caso o mundo supere relativamente rápido a crise gerada pelo coronavírus.

É com base nesta visão cautelosamente otimista que os especialistas da organização esperam uma sólida recuperação no segundo semestre do ano, após situarem o maior impacto no atual trimestre, com uma queda na demanda de quase 2 milhões bpd em comparação com o nível do mesmo período em 2019.

"Levando em conta os últimos acontecimentos, os riscos de queda ultrapassam atualmente qualquer indicador positivo", reconheceram, ao considerarem "provável" a redução dos cálculos "caso a situação atual persista".