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Alemanha abre linha de crédito "sem limites" a empresas por conta da Covid-19

14/03/2020 01h25

Berlim, 13 mar (EFE).- O governo da Alemanha prometeu nesta sexta-feira um programa de crédito para empresas "sem limites" para evitar problemas de liquidez em sua estrutura comercial devido aos efeitos da nova pandemia de coronavírus.

O ministro das Finanças, Olaf Scholz, garantiu, em entrevista coletiva, que a solidez orçamentária deu lugar à prioridade no combate a propagação da Covid-19 e que o governo alemão lançará uma "rede de segurança" de "muitos bilhões" para ajudar as empresas e manter os empregos.

Ele argumentou que ter mantido a estabilidade orçamental ao longo dos últimos anos permite que agora, em tempos de crise, "fazer o que é necessário" e trazer à tona a "bazuca" financeira.

A "mensagem essencial" de hoje para fortalecer a "confiança" entre as empresas e a população é que "não há limite máximo para créditos" que podem ser concedidos pelo banco público KfW por meio de bancos comerciais.

"Vamos colocar todas as armas em cima da mesa desde o início", disse o ministro das Finanças, ao apresentar o plano de choque contra as consequências econômicas da Covid-19 com seu colega, o titular da pasta da Economia, Peter Altmaier.

O governo alemão, disse Scholz, também ajudará as empresas a nível tributário, permitindo o adiamento de pagamentos antecipados e a redução de impostos, com o objetivo de que nenhuma empresa viável vá à falência.

Além dessas medidas para garantir liquidez, o governo alemão e o Bundestag (Câmara Baixa) já aprovaram um sistema para facilitar o Kurzarbeit, a redução do emprego temporário e garantido.

"O governo alemão está determinado a fazer todo o possível para superar esta crise" e pronto para dispor de "todas" suas "possibilidades econômicas".

Altmaier indicou que o governo fornecerá a garantia necessária para que o KfW possa cumprir o que foi anunciado, e isso através de uma extensão das garantias estabelecidas pelo Orçamento Federal, para mais de meio bilhão de euros.

Entre as medidas anunciadas também está a expansão dos programas existentes para ajudar a liquidez das empresas e com o objetivo de "mobilizar" empréstimos de bancos privados.