Com duas novas fintechs, Santander mira mercado de crédito a classes C e D
Cada fintech desempenhará atividades digitais para garantir os empréstimos com maior agilidade. De um lado a Sim é a responsável pela análise do crédito e, do outro, a Superdigital disponibiliza o aplicativo por onde deve ser contratado o serviço de crédito.
A Superdigital, com foco em inclusão financeira, tem mais de 1,4 milhão de contas ativadas, e a Sim, que oferece empréstimos online à pessoa física, passam a disponibilizar empréstimos facilitados que podem variar de R$ 500 a R$ 25 mil, com prazo de 3 a 24 meses para o pagamento a taxa de juros que variam de 1,6 % até 8 % ao mês.
"A Superdigital já existe há sete anos e sempre com o foco nas classes menos favorecidas. Desde 2015 pertence ao ecossistema de startups do Santander e, agora, com a criação da Sim, a oportunidade de construir uma integração e ofertar crédito para clientes de baixa renda ficou mais óbvia", explicou à Efe, Felipe Castiglia, CEO da Superdigital.
Atualmente, a plataforma já oferece aos clientes a possibilidade de receber, transferir e sacar dinheiro; pagar contas; cartão internacional; recargas de Bilhete Único na cidade de São Paulo; recarga de celular; emissão de boletos; entre outros serviços.
Com a fusão das duas empresas, a análise e a contratação poderão ser feitas no mesmo ambiente digital "de maneira mais rápida e sem burocracia", explicou Castiglia.
Para Vinicius Aloe, CEO da Sim, a proposta é oferecer o empréstimo pessoal com eficiência para que o dinheiro chegue a tempo de resolver problemas financeiros dos clientes da Superdigital, que já bateu a marca de 1,4 milhões de clientes cadastrados na plataforma.
"No Brasil há uma necessidade de análise adequada para não prejudicar a vida do cliente e poder distribuir o empréstimo por meio de um canal próprio denota a sinergia que temos", avaliou Aloe, que destaca a instantaneidade como vantagens da análise de crédito feita pela Sim.
"Nossa análise traz uma visão imediata e transparente dos limites, taxas e condições de parcelamento e, consequentemente, maior taxa de aprovação comparada ao do mercado", detalhou.
De acordo com os representantes das fintechs, cerca de R$ 273 milhões estão sendo movimentados para a integração das duas novas empresas digitais, que têm custo "praticamente irrelevante", advertiu Castiglia, porque já nascem preparadas para os serviços que oferecem, podendo ser potencializadas a partir da fusão.
Com um mercado de 60 milhões de pessoas negativadas no Brasil, o CEO da Superdigital acredita que os serviços combinados das fintechs possibilitarão "conhecer melhor a base de clientes e os comportamentos de consumo para oferecer, então, um crédito consciente sem promover o endividamento pelo endividamento".
Para os dois executivos, a mudança na forma de oferecer crédito digital está na competitividade com as taxas mais elevadas ofertadas pelo sistema bancário no Brasil e na expertise do mercado já atendido pelas fintechs, que deve crescer ainda este ano, mesmo com a pandemia do coronavírus.
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