Banco Mundial prevê queda de 5,2% na economia global, a maior desde 1945
"São perspectivas profundamente sóbrias, com uma crise que poderá deixar cicatrizes duradouras e desafios globais gigantescos", disse Ceyla Pazarbasioglu, vice-presidente para o Crescimento Equitativo do Banco Mundial, ao apresentar o relatório semestral "Perspectivas Econômicas Globais".
A previsão é que a renda per capita diminua 3,6% em nível global, o que significa que entre 70 e 100 milhões de pessoas poderão ficar abaixo da linha da extrema pobreza (menos de US$ 1,90 por dia).
De acordo com o estudo, todas as regiões do mundo viverão fortes recessões, exceto a Ásia, que crescerá 0,5%, impulsionada pela recuperação da China no segundo semestre do ano, com uma taxa de crescimento estimada de 1%.
Em contrapartida, a América Latina será a região com o declínio mais acentuado, 7,2%, o maior em mais de duas décadas: o Brasil deverá registrar uma contração de 8% neste ano, o México, de 7,5%, e a Argentina, de 7,3%.
Os Estados Unidos, por outro lado, deverão se contrair 6,1% neste ano, e a zona do euro, 9,1%, segundo o relatório da principal instituição de desenvolvimento mundial.
"O atual episódio de crise já mostrou a revisão mais abrupta e rápida para baixo desde o início dos registros. Se o passado servir de guia, poderão ocorrer reduções maiores nas previsões, o que significa que as autoridades precisam estar preparadas para aplicar medidas adicionais de apoio à atividade", acrescentou Ayhan Kose, diretor do relatório de perspectivas do banco.
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