Canadá responde a reativação de taxas dos EUA com US$ 2,7 bilhões em tarifas
O Canadá anunciou nesta sexta-feira que responderá aos Estados Unidos com a aplicação de US$ 2,7 bilhões em tarifas ao país vizinho como resposta à decisão do governo do presidente Donald Trump de reimpor taxas de 10% sobre alguns produtos de alumínio canadenses.
A vice-primeira-ministra Chrystia Freeland disse em entrevista coletiva que o governo do Canadá abrirá um período de um mês de consultas para determinar quais produtos metálicos americanos estarão sujeitos às tarifas.
"O Canadá responderá rápida e decisivamente", disse.
De acordo com a vice-primeira-ministra, os produtos que eventualmente serão afetados pelos aumentos tarifários totalizarão 3,6 bilhões de dólares canadenses (cerca de US$ 2,71 bilhões).
Ao anunciar a reimposição de tarifas, Trump afirmou ontem que o Canadá havia quebrado seu compromisso de não "inundar" o mercado com alumínio canadense, "tirando vantagem novamente", e que o setor de alumínio dos EUA estava sendo "dizimado" como resultado.
Este novo capítulo na disputa comercial recorrente entre os dois países ocorre apenas um mês após a entrada em vigor de seu novo acordo comercial conjunto com o México, conhecido como T-MEC, que substituiu o Nafta, em vigor desde 1994.
A realização desse acordo permitiu recentemente um período de calmaria nas tensões comerciais entre os dois parceiros que têm sido constantes desde que Trump se tornou presidente dos Estados Unidos, em janeiro de 2017.
Freeland, entretanto, disse que a resposta de seu governo à decisão de Trump seria limitada e que tentaria evitar uma nova escalada da disputa comercial.
"Não queremos uma escalada, mas não vamos recuar", advertiu.
O Canadá, que é o quarto maior produtor de alumínio do mundo, implementará seu aumento tarifário dentro de um mês, e os EUA adotarão sua própria medida no próximo dia 16.
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