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Xi e Putin inauguram projeto para construir 4 reatores nucleares na China

19/05/2021 22h58

Pequim, 19 mai (EFE).- O presidente da China, Xi Jinping, e seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, inauguraram virtualmente nesta quarta-feira um projeto que prevê a construção de quatro unidades de geração de energia nuclear em território chinês utilizando tecnologia russa.

O plano, que faz parte de um pacote de acordos assinado durante a visita do presidente russo à China em 2018, prevê a construção das unidades 7 e 8 da central nuclear de Tianwan, na província de Jiangsu, e das unidades 3 e 4 na central de Xudapu, em Liaoning.

Em um breve discurso transmitido pela emissora de televisão estatal "CGTN", Xi destacou que se trata de um projeto "seguro" que representa "o elevado nível de cooperação pragmática alcançado entre os dois países".

Por sua parte, Putin disse que, graças ao plano, "a China poderá desfrutar de energia mais limpa a um preço mais baixo", e que as relações bilaterais estão "em seu auge histórico".

Segundo o Ministério das Relações Exteriores chinês, o projeto demonstra "as realizações de Pequim e Moscou na fabricação de equipamento de alta gama e inovação tecnológica".

Além disso, o plano irá ajudar a China a reduzir suas emissões de dióxido de carbono, segundo o ministério.

Segundo o jornal chinês "Global Times", as quatro unidades têm um valor contratual de 3,11 bilhões, embora o custo total do projeto possa exceder 15,55 bilhões.

O jornal detalha que serão utilizados reatores russos de terceira geração VVER-1200 (refrigerados e moderados por água).

"Uma das características distintivas da tecnologia nuclear de terceira geração é que é segura, que não haverá acidentes como Chernobyl e Fukushima", destacou o especialista Han Xiaoping ao "Global Times".

Em abril, o número de unidades de energia nuclear em funcionamento na China chegou a 49, o que deixa o país no terceiro lugar do ranking mundial, de acordo com a Administração Nacional de Energia do país.

Outros especialistas chineses citados pelo jornal ressaltaram ainda que "a China poderia substituir alguma tecnologia dos EUA por tecnologia russa diante das crescentes restrições tecnológicas e comerciais de Washington".