Rússia confirma realização de teste com míssil anti-satélite e ataca EUA
"De forma concreta, em 15 de novembro deste ano, o Ministério da Defesa russo realizou com êxito um teste, que teve como resultado que o aparelho especial inoperante russo "Tselina-D", que esteve em órbita desde 1982, foi alcançado", indicou a pasta, por meio de comunicado.
"Os Estados Unidos sabem, com certeza, que os fragmentos resultados, em termos do tempo que durou o teste e dos parâmetros orbitais, não representaram, nem representarão uma ameaça para as estações orbitais, os equipamentos e atividades espaciais", completou o Ministério da Defesa russo.
A pasta, liderada por Serguei Choigu, garantiu que os fragmentos do satélite destruído "foram incluídos no catálogo principal do sistema de controle espacial", que começou imediatamente o acompanhamento destes, até o desaparecimento.
"Anteriormente, Estados Unidos, China e Índia já tinham realizado testes similares no espaço ultraterrestre", garante Moscou.
"O Ministério da Defesa da Rússia considera hipócritas as declarações de representantes do Departamento de Estado e do Pentágono, que tentaram acusar a Federação da Rússia de criar "riscos" para os astronautas da EEI", diz a nota.
O texto lembra que, "durante vários anos", Moscou vem pedindo aos Estados Unidos e a outras potências especiais que assinem um tratado para evitar o uso de armas no espaço.
"O rascunho desse tratado foi apresentado na ONU. No entanto, Estados Unidos e aliados estão bloqueando a adoção. Washington declara, abertamente, que não quer estar sujeito a nenhuma obrigação no espaço", diz o comunicado.
O Ministério da Defesa russo, lembra, contudo, que os EUA criaram o Comando Especial, em 2020, e que adotou uma nova estratégia espacial, em que um dos principais objetivos "é criar uma vantagem militar integral no espaço".
"Por sua vez, o Pentágono, inclusive, antes destes passos oficiais e mais ainda depois, está desenvolvendo ativamente e testando sem notificações em órbita as últimas armas de ataque e combate de vários tipos, inclusive, as últimas modificações da nave espacial não tripulada X-37", indica Moscou.
"As ações americanas são avaliadas como uma ameaça e são incompatíveis com os objetivos declarado do uso pacífico do espaço ultraterrestre", completa o texto.
O ministério russo garante que "está realizado atividades planejadas para fortalecer a capacidade de defesa e excluir a possibilidade de danos repentinos a segurança do país no setor espacial e sobre o solo, por ativos espaciais estrangeiros existentes e futuros". EFE
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