Governo da França impõe home office e antecipa 3ª dose de vacina contra covid
O governo da França anunciou nesta segunda-feira novas medidas para combater a quinta onda de contágio pelo coronavírus, incluindo a imposição do home office por pelo menos três dias por semana e antecipando da dose de reforço da vacina contra a covid-19 de cinco para três meses após as duas primeiras injeções.
O primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou as medidas após a aprovação de um projeto de lei no Conselho de Ministros, que terá que ser aprovado pela Assembleia em janeiro.
O texto exclui medidas drásticas, pois por enquanto o retorno à escola em 3 de janeiro de 2022 será mantido, e um toque de recolher é descartado. Por outro lado, está prevista a restrição de reuniões públicas.
Acompanhado pelo Ministro da saúde, Olivier Véran, Castex frisou a necessidade de aumentar a taxa de vacinação e para isso confirmou que o passe sanitário atual será transformado em um passaporte de vacinação. Atualmente 78% da população total da França, incluindo crianças, tomaram ao menos uma dose de imunizante contra a Covid-19.
Com a mudança, os não vacinados, que até agora podiam apresentar um teste de coronavírus com resultado negativo, terão que provar a vacinação a partir de 15 de janeiro de 2022 para poder ir a cinemas, teatros, museus, transportes, cafés e instalações esportivas.
O governante também advertiu que as multas contra o uso de passes de saúde falsos, que já seriam centenas de milhares, serão agravadas. "Esta prática me escandaliza, como primeiro-ministro e cidadão, é um ato deliberado de colocar outras pessoas em risco e nenhuma condenação pessoal o justifica", criticou o premiê, sem dar detalhes sobre as multas, que serão emitidas a partir da próxima sexta-feira, após uma série de consultas jurídicas.
Ele também expressou preocupação com as grandes multidões. A partir de janeiro, serão estabelecidos limites de 2 mil pessoas para locais fechados e 5 mil para espaços ao ar livre.
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