Central de Zaporizhzhia tem 1.200 toneladas de combustível nuclear
A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo chefe da Administração Regional de Zaporizhzhia, Oleksandr Starukh, em mensagem pelo Telegram.
A maior central da Europa, "que os invasores russos agora ameaçam fazer explodir, contém 1.200 toneladas de combustível nuclear", afirmou a autoridade local.
"Se a Rússia decide cometer um ataque terrorista, o desastre nuclear afetará os territórios da Rússia e da Ucrânia", completou Starukh.
O chefe da Administração Regional de Zaporizhzhia garantiu que uma eventual crise na central também afetaria a região da Crimeia, pela magnitude do dano.
"Uma bomba nuclear contém nove quilos de urânio ou plutônio. Nossa usina nuclear tem 1.200 toneladas. A contaminação pode ser muito alta, mas é uma roleta russa", afirmou Starukh, conforme publica a agência ucraniana de notícias "Ukrinform".
A central está sob o controle desde março desde ano, pouco depois do início da invasão russa à Ucrânia,
Starukh lembrou que as tropas de Moscou chegaram a abrir fogo contra a unidade de energia 3 da unisa, o que gerou alerta de catástrofe na comunidade internacional.
"Agora, os representantes da Rússia anunciaram diretamente que estão prontos para submeter a Ucrânia e toda a Europa a um risco nuclear", disse o militar.
"A Rússia viola, não só as regras da guerra e os tratados internacionais, que não permitem nenhuma hostilidade que envolvam armas pesadas dentro do terreno de uma usina de energia nuclear, mas também, simplesmente, rompe a lógica da existência humana, denunciou Starukh.
Segundo o militar ucraniano, a usina é uma instalação fortificada, mas não está protegida contra eventuais ataques terroristas. Além disso, o combustível nuclear segue na central, o que também pode representar uma ameaça.
"Não se pode ignorar o óbvio. A situação se torna mais perigosa a cada dia que passa", reconheceu a porta-voz dos Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova.
No último sábado, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, admitiu que a situação na central de Zaporizhzhia é alarmante, e afirmou que existe risco de um "desastre nuclear". EFE
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