FMI: Brasil tem colchões de proteção importantes e contágio na AL pode ser baixo
Em entrevista à imprensa durante evento na Fundação Getulio Vargas (FGV), Werner disse que, nos últimos quatro anos, houve um relativo "baixo grau de contágio regional" para o caso de choques em mercados locais. Como exemplo, o diretor do FMI citou o estresse causado no México antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos no ano passado e que se estendeu até a posse de Donald Trump em janeiro.
O peso mexicano teve forte desvalorização e os ativos do país tiveram deterioração, para se recuperarem nos últimos meses. Ao mesmo tempo, o estresse no mercado financeiro mexicano teve baixo contágio na região, ressaltou ele.
Werner também mencionou que a alta volatilidade do Brasil em certos momentos nos últimos anos, por conta da turbulência política, acabou tendo repercussão baixa em outros mercados financeiros da América Latina. Por isso, a expectativa é que o nível de contágio da atual crise também seja baixo, disse ao ser questionado por um jornalista se a atual onda de volatilidade no Brasil, por causa de denúncias contra o presidente Michel Temer, pode afetar os fluxos internacionais de capital para a América Latina como um todo.
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