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Sondagem da CNI aponta queda da produção e resultados ruins da indústria em abril

Fabrício de Castro

Brasília

24/05/2017 12h00

Após o avanço registrado em março, a produção industrial brasileira recuou em abril, segundo a Sondagem Industrial divulgada nesta quarta-feira, 24, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice que mede a evolução da produção ficou em 41,6 pontos em abril, o que representa uma queda de 8,2 pontos em relação ao registrado em março (54,8 pontos).

De acordo com a CNI, os números indicam que a indústria ainda encontra dificuldades para superar a recessão econômica enfrentada pelo País. "Ressalte-se, contudo, que a intensidade desse recuo pode ser atribuída, ao menos em parte, ao grande número de feriados do mês de abril. Foram 18 dias úteis em abril de 2017, ante 23 em março", destacou a CNI, no documento de divulgação.

O índice da CNI varia de 0 a 100, sendo que valores abaixo de 50 pontos, como o verificado em abril, indicam recuo da produção. De acordo com a Confederação, a queda de produção é comum na passagem de março para abril, mas em 2017 foi mais intensa que o usual, influenciada também pelos sucessivos feriados de abril.

Capacidade

Os demais indicadores da CNI também tiveram resultados ruins. O índice de evolução do número de empregados caiu de 47,5 pontos em março para 47,0 pontos em abril. Já a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria cedeu de 65% para 63% no período.

"A atividade industrial de abril de 2017 foi inferior à registrada no mesmo mês de 2016, período em que já fora excepcionalmente fraca", pontuou a CNI.

A UCI de abril de 2017, conforme a confederação, é a menor para o mês desde o início da série histórica mensal, em 2011. Este resultado de abril interrompe um ciclo favorável, já que desde dezembro do ano passado a UCI vinha mostrando crescimento.

Estoques

A CNI informou ainda que seu índice de evolução dos estoques subiu de 49,1 para 50,9 pontos de março para abril. O índice de estoque efetivo-planejado foi de 50,3 para 50,4 pontos. Para a Confederação, os estoques permaneceram ajustados ao nível planejado pela maioria das empresas.