Brasil oferece oportunidades concretas de investimento, diz Meirelles
"É preciso assegurar retorno e previsibilidade aos investidores", comentou o ministro, destacando que o momento de aportar recursos no País é agora. As economias estão sempre sujeitas a ciclos econômicos, mas para minimizar os impactos das crises, é preciso ter regras claras, regime que garanta inflação na meta e com reformas estruturais aprovadas, segundo ele.
Meirelles reafirmou que aumentou a consciência no Congresso da necessidade de se aprovar as reformas. Ao falar da Previdência, o ministro disse que o Brasil está fazendo a reforma na hora certa, para evitar o que aconteceu em outros países, em que os governos não conseguem bancar as despesas com aposentados.
O ministro da Fazenda disse que os governos anteriores no Brasil adotaram políticas inconsistentes, que tinham trajetórias insustentáveis. Com isso, houve deterioração das contas fiscais, gerando instabilidade na economia. Essa estratégia foi intensificada no último governo, aumentando a expectativa de forte piora das contas fiscais.
Segundo Meirelles, com a correção destas políticas no governo de Michel Temer, a economia voltou à normalidade e o crescimento foi retomado. "No ano passado vivemos a maior recessão da história do País." Já nos três primeiros meses de 2017, o Produto Interno Bruto (PIB) voltou a crescer ao redor de 1%, conforme o indicador do Banco Central permite inferir, disse. "O crescimento no primeiro trimestre foi muito forte. Isso é resultado de maior confiança e de maior previsibilidade na economia", observou o ministro.
Com a melhora da confiança, da previsibilidade e o fim da recessão, o ministro comentou que o Brasil passou a ter as condições para gerar também a retomada do investimento. "O nível de confiança na economia é maior. O Brasil hoje oferece cada vez mais previsibilidade constitucional."
Em seu discurso, Meirelles falou do esforço do governo federal em resolver a crise fiscal dos Estados e da forte queda da inflação nos últimos 12 meses, "A redução da inflação eleva o poder de compra do consumidor", disse ele. Nesse ambiente, eventuais choques de preços não se propagam na mesma velocidade pela economia. "Isso significa menos juro estrutural."
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