Recuperação da Itália deve continuar, mas há riscos significativos, diz FMI
O FMI diz que a Itália está no terceiro ano de uma "recuperação modesta", ajudada pela política do governo e por reformas econômicas, pela "excepcional acomodação monetária" e pelos baixos preços das commodities. O Fundo lembra que o desemprego recuou desde seu pico na crise, bem como os empréstimos inadimplentes. "A fraca produtividade e o baixo investimento agregado, porém, continuam a ser desafios cruciais para um crescimento maior, contido por fraquezas estruturais, grande dívida pública e balanços bancários debilitados", afirma. Na avaliação do FMI, esforços políticos são necessários para haver mais progressos.
O crescimento econômico italiano poderia surpreender no curto prazo, caso ocorra uma recuperação europeia mais forte. Ao mesmo tempo, há riscos de baixa "significativos", diante de fragilidades financeiras, incertezas políticas, possíveis revezes nos processos de reforma e a reavaliação do risco de crédito no curso da normalização da política monetária do Banco Central Europeu (BCE). As incertezas sobre as políticas dos EUA e das negociações do Brexit [saída do Reino Unido da União Europeia] somam-se a esses riscos", diz o Fundo.
Na avaliação do FMI, as prioridades para a Itália devem ser a elevação do crescimento, da resistência da economia e a proteção aos mais vulneráveis. Um desafio é a melhora na produtividade, que precisa diminuir na comparação com os parceiros da zona do euro, reduzir desequilíbrios e elevar a renda dos mais pobres.
O FMI defende que a Itália faça reformas estruturais abrangentes para ajudar a fomentar um crescimento mais forte, com mudanças como a liberalização dos mercados de produtos e serviços, reformas no mercado de trabalho e a modernização do setor público. Além disso, diz que o país precisa acelerar a reparação nos balanços dos bancos, a fim de fortalecer a estabilidade financeira.
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