Cade firma acordo de leniência com Andrade Gutierrez
A suspeita é que empresas tenham combinado preços de propostas e dividido as licitações entre elas para fraudar a concorrência e garantir ganhos maiores. Além da Andrade, que confessou a prática anticoncorrencial e colabora com as investigações, são investigadas Carioca Engenharia, Odebrecht, OAS e Queiroz Galvão.
O acordo firmado com a Andrade é parcial, o que significa que o Cade já tinha conhecimento da suposta infração denunciada, mas não tinha provas suficientes para assegurar a condenação. Na leniência parcial, o denunciante pode ter redução de um a dois terços da pena, enquanto na leniência tradicional pode ter imunidade total. O Cade já vinha investigando suposto cartel denunciado em matérias pela imprensa. As negociações com os executivos da Andrade levaram dez meses e foi assinada também com o Ministério Público Federal, que é responsável pela investigação penal.
Lava Jato
O primeiro acordo de leniência firmado no Cade em decorrência da Lava Jato foi com a empresa Setal/SOG para investigação de cartel em licitações para obras de montagem industrial onshore da Petrobras. Foram feitos ainda dois acordos com a Camargo Corrêa para investigação de cartel em licitação para obras de montagem eletronuclear na usina Angra 3 e de cartel em licitações da Valec para implantação da Ferrovia Norte-Sul e da Ferrovia Integração oeste-leste.
Outras três leniências já tinham sido fechadas com a Andrade Gutierrez para a investigação de cartel em licitação na Usina Hidrelétrica de Belo Monte, para a investigação de cartel em licitações para urbanização de favelas no Rio de Janeiro e para a investigação de cartel em licitações de estádio da Copa do Mundo de 2014.Com a empresa Carioca Engenharia foi feito acordo para a investigação de cartel em licitações de edificações especiais da Petrobras.
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