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Temer: todos os direitos foram preservados, porque a lei assim determina

Carla Araújo e Fernando Nakagawa

Brasília

13/07/2017 17h43

Em sua segunda cerimônia do dia, o presidente Michel Temer afirmou, durante a sanção da lei da reforma trabalhista, que o país vive "uma suposta crise" e que nas solenidades, muitas com claques de aliados, observa apoio às medidas de seu governo. "Em função de uma suposta crise tem acontecido um entusiasmo extraordinário", disse Temer, destacando que ao longo da vida se aprende a identificar o sentimentos dos aplausos e que as palmas que estava recebendo eram verdadeiras. "Hoje de manhã e aqui encontro palmas que vêm do coração", afirmou.

Segundo ele, desde o início de seu mandato ele assumiu com o compromisso das reformas e ele está disposto a levar isso adiante. "Eu poderia elencar tudo que fizemos ao longo de 14 meses, não são quatro anos, oito anos. São 14 meses, que toda modéstia de lado, estão revolucionando o país", destacou.

Temer desceu a rampa do Salão Nobre acompanhado de diversos ministros, além do líder do governo no Senado, Romero Jucá, e do deputado Rogério Marinho, que foi relator da reforma trabalhista na Câmara. Assim como tem acontecido na série de eventos que Temer tem feito os dois discursaram com muitos elogios ao presidente.

Em sua fala inicial, Temer exaltou a plateia, disse que na cerimônia havia interlocutores de todos os poderes. Outro a discursar no evento foi o presidente do tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra, que também enalteceu o governo e a reforma trabalhista.

O presidente disse que a aprovação da reforma é fruto de diálogo entre os poderes e que o projeto é a síntese de como esse governo age. "Diálogo é ponto principal, mas somamos a responsabilidade fiscal com a social", afirmou. Temer voltou a dizer que a reforma preserva todos os direitos trabalhistas e que as mudanças na realidade farão avançar as relações de trabalho. "A CLT é de 1943 e é claro que o mundo hoje não é o de 1943", destacou.

Ao defender o dispositivo que prevê que o acordado entre funcionários e patrões prevalecerá sobre o legislado, Temer disse que neste ponto a lei é mera regulamentação do dispositivo constitucional. Segundo ele, a medida servirá para diminuir o custo Brasil e que muito se falava nesta demanda, mas que "ninguém teve a ousadia e coragem de realizar".

Temer rebateu às criticas a reforma trabalhista e repetiu que o debate em torno da medida é uma "disputa política". "É como se tivessem com uma venda nos olhos", afirmou, em relação a oposição. "Cada palavra que vamos dizer deve servir para mudar a cultura do país; contra argumento apresenta documento e contra a palavra apresenta ação. É o que temos feito e estamos fazendo aqui", completou.

No fim de sua fala, o presidente repetiu um bordão que tem utilizado nos últimos dias de que "a caravana está passando" em uma alusão de que o governo segue independente da crise. "Estamos no caminho da prosperidade para dar mais conforto aos brasileiros. Sabemos que há contestações; protestos se fazem mas a caravana está passando e nós estamos passando", reforçou.