ABPA: bloqueio a cargas vivas leva 5 frigoríficos de aves e suínos a parar
Sem revelar os nomes das companhias que interromperam suas operações e os municípios em que as plantas estão instaladas, Santin afirmou que as unidades estão concentradas nas regiões Sul e Sudeste, principalmente nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Segundo o executivo, as causas das paralisações são a ausência de caminhões para transportar os animais das granjas para as unidades fabris, os produtos processados e os insumos para ração até as granjas.
A Cooperativa Central Aurora Alimentos foi a primeira grande unidade produtiva a informar, em nota, que as atividades das indústrias de processamento de aves e suínos em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul (inicialmente) estarão totalmente paralisadas nesta quinta (24) e sexta-feira (25), "em consequência da greve que atinge o setor de transportes nas regiões onde estão instaladas as suas unidades produtivas".
"Existem mais de 200 pontos de interdição ao tráfego pelo Brasil, alguns (manifestantes) seguem a orientação das entidades oficiais e liberam o transporte de cargas vivas, outros não", ressaltou o executivo da ABPA.
A concessionária Caminhos do Paraná informou ao Broadcast Agro que os caminhoneiros impedem a passagem de todo tipo de carga em três pontos das estradas que fazem parte da concessão. Os bloqueios estão na BR-277, no km 339, em Guarapuava, na BR-373, altura do km 247, em Guamiranga, e no km 264, em Prudentópolis. Ainda no Paraná, a concessionária Ecovia afirmou que nos km 6 e 66 da BR-277, rodovia que dá acesso ao porto de Paranaguá, são autorizados a seguir apenas ônibus e veículos leves. Na mesma linha, a concessionária Arteris Litoral Sul informou, pelo Twitter, que havia manifestação com bloqueio a todos os tipos de cargas no km 625 da BR-376, em São José dos Pinhais (PR), e no km 25 da pista BR-101 em Joinville (SC), sentido Curitiba.
Diante deste cenário, a ABPA afirmou que está em contato com integrantes da Casa Civil, da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) e dos governos, no intuito de minimizar os danos ao setor. Nesta tarde, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, anunciou que a Cide do diesel será zerada como resposta ao pleito dos motoristas, porém, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) solicitou a continuidade dos protestos até que haja um posicionamento efetivo do governo.
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