Movimento afeta a Embraer da mesma forma que 'afeta todo mundo', diz Schneider
Schneider defendeu que a área precisa ter previsibilidade para avançar. "Estamos falando de uma indústria que precisa ter segurança e previsibilidade. Não pode ter orçamento e depois não ter mais. Não se prepara tecnologia, uma força de trabalho de alta produtividade e alta capacidade intelectual para depois não ter orçamento e mandar todo mundo embora", disse em evento, em São Paulo.
O executivo, assim como a vice-presidente para América Latina da Boeing, Donna Hrinak, também presente, evitou fazer comentários a respeito das negociações entre Boeing e Embraer. Schneider também não se pronunciou quando questionado a respeito da possibilidade de formação de uma joint venture em que a Embraer deteria 20% do capital.
Geopolítica brasileira
O presidente da divisão de Defesa d afirmou nesta terça-feira, 29, que o nessa indústria está diretamente atrelado à definição geopolítica brasileira. "Não tem como a Embraer, ou qualquer outra empresa de defesa, trilhar um caminho desalinhado da definição geopolítica do País", disse o executivo em painel do Brazil Investment Forum, em São Paulo.
Mas, na visão da Boeing, as aspirações geopolíticas do Brasil ainda não estão "completamente definidas". Em exposição anterior à do executivo da Embraer, a vice-presidente da Boeing para a América Latina, Donna Hrinak, havia afirmado que o Brasil "entende o que quer em alguns setores e está trabalhando para alcançar suas ambições", citando a área da tecnologia. Conforme a executiva, o País será um importante player nessa área.
Questionado se encontrar parceiros de grande projeção na área de defesa seria inevitável para a Embraer, Jackson Schneider respondeu que este é um caminho, mas não o único. "A possibilidade de desenvolver tecnologias através de parcerias é efetiva. Além do domínio do ciclo tecnológico nacional, dar passos mais fortes e vencer etapas com parcerias é importante, mas sem abrir mão da capacidade de absorção da tecnologia que interessa ao país", disse, citando como exemplo o desenvolvimento de pesquisas e estudos nacionais na área.
O presidente da divisão de Defesa da Embraer destacou ainda que a fabricante tem atuando fortemente em desenvolvimento de tecnologias de ponta, tendo em vista o contexto mundial de transição tecnológica em diversas áreas.
Fornecedores
Schneider comentou que a fabricante brasileira está "orgulhosa" da construção de sua cadeia de suprimentos e que não tem a intenção de alterar suas relações com fornecedores.
A declaração responde a uma pergunta feita por um representante de uma empresa fornecedora da Embraer durante o Fórum de Investimentos Brasil 2018, O representante questionava sobre os possíveis impactos da eventual parceria entre Boeing e Embraer sobre a cadeia de suprimentos da brasileira. Jackson Schneider não comentou sobre as negociações com a Boeing.
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