PEC impõe série de medidas restritivas para cortar gastos e ampliar receitas
A PEC retira as punições dos gestores, mas . Caso não haja providências, os gestoimpõe uma série de medidas restritivas para cortar gastos e ampliar receitasres continuarão incorrendo em crime de responsabilidade em caso de descumprimento da regra de ouro e pagarão multa administrativa se a norma estiver muito próxima do seu limite (95%).
A regra de ouro impede a emissão de dívida para pagar despesas correntes e existe para tentar frear o endividamento descontrolado do País. Só no ano que vem, o rombo esperado na regra é de R$ 260 bilhões, segundo o Ministério do Planejamento.
Pelas estimativas dos consultores, as medidas exigidas pelo descumprimento da regra também poderiam gerar um incremento de R$ 64,95 bilhões nas receitas. Os cálculos não são exatos, pois algumas decisões dependem de decisão política - por exemplo, a exigência inicial de planos de revisão de despesas e melhoria de receitas, ou um eventual desejo de cortar mais que os 10% das renúncias tributárias existentes, como é previsto em caso de violação.
No caso da economia de despesas, R$ 104,75 bilhões seriam poupados só em gastos primários - sendo R$ 17,6 bilhões com a suspensão do pagamento do abono salarial, uma das restrições previstas para anos de descumprimento da regra de ouro. Outros R$ 18,6 bilhões em despesas financeiras seriam economizados com a interrupção dos repasses de 40% do FAT ao BNDES.
Outros R$ 69,1 bilhões a serem obtidos teriam efeito apenas na regra de ouro. Seriam recursos desvinculados de fundos que hoje estão com recursos ociosos, mas atrelados a determinadas áreas.
O texto da PEC ainda prevê a possibilidade de o Congresso Nacional aprovar depois uma lei complementar para dispor sobre a regra de ouro, em substituição às regras previstas na Constituição. (Idiana Tomazelli - idiana.tomazelli@estadao.com)
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