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Bancários e Fenaban negociam questões sobre saúde e condições de trabalho

Caio Rinaldi

São Paulo

19/07/2018 12h28

Após definição do calendário das negociações da campanha salarial de 2018 dos bancários no dia 12, representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e dos trabalhadores iniciaram nesta manhã de quinta-feira, 19, a rodada de negociação sobre questões relacionadas à saúde dos profissionais e às condições de trabalho nas empresas. A reunião deve se estender até as 19h, informou a assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

A campanha unificada da categoria, liderada pelo Comando Nacional dos Bancários, argumenta que os funcionários dos bancos estão entre os que mais adoecem no País. "Se antes a maior causa de afastamentos eram lesões por esforço repetitivo, desde 2013 transtornos mentais e comportamentais se mantiveram como as enfermidades com maior incidência", aponta em nota a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e uma das representantes da categoria na mesa de negociação, Ivone Silva.

"Isso evidencia o quanto a política de gestão dos bancos, focada na cobrança abusiva de metas, assédio moral, competição e sobrecarga adoece o bancário", afirma a sindicalista. Na reunião desta quinta-feira, os representantes dos bancários pretendem reivindicar a manutenção de cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que "protegem a saúde dos profissionais e combatem o assédio". A categoria também pretende propor avanços sobre a reabilitação no retorno ao trabalho. "Não pode manter as mesmas condições que levaram ao adoecimento", diz Ivone.

Sobre a CCT, que tem validade até 31 de agosto, os representantes dos bancos ainda não assinaram um pré-acordo para garantir a vigência das cláusulas até que o novo acordo seja definido. Já há, porém, um compromisso nesse sentido, caso as negociações se estendam para além da data.

Já estão agendadas outras mesas de negociação, sobre questões relacionadas a emprego (25/7) e às cláusulas econômicas (1/8).