Total de brasileiros que quitaram dívidas cresceu 1,6% em junho
Em 12 meses até junho, o Indicador de Recuperação de Crédito subiu 1,6%, ficando menor que a alta de 2,2% apurada em maio em igual comparação, refletindo a retomada lenta da economia. Contudo, o resultado ficou acima do registrado em períodos mais agudos de crise, quando houve queda na recuperação do crédito, destaca. Em setembro de 2016, por exemplo, o volume de inadimplentes que regularizou dívidas caiu 8,8%.
De acordo com o levantamento, o principal motivo para o avanço no total de inadimplentes no País são as novas inclusões nos sistemas de proteção ao crédito. Ou seja, se por um lado algumas pessoas vêm quitando suas pendências financeiras, por outro há os que ingressam ou retornam ao cadastro de devedores
"A recuperação iniciada no último ano não foi suficiente para que o brasileiro observasse a evolução de sua renda ou a queda do desemprego. A situação das famílias ainda é de aperto e, apesar do aumento de consumidores que recuperaram o crédito, o ingresso de novos inadimplentes fez o número de negativados crescer", avalia a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Na avaliação de Marcela, o nível de inadimplentes só tende a ceder à medida que a oferta de empregos voltar a crescer, assim como a renda da população.
Já no acumulado de 12 meses, o montante de dívidas recuperadas caiu 1,12%. Contudo, o levantamento mostra que o resultado mostra um cenário um pouco mais favorável em relação ao observado em setembro de 2016. Naquela ocasião, o indicador registrou queda de 8,26%.
Regiões e faixas etárias
O Centro-Oeste se destacou entre as regiões com maior expansão de recuperação de crédito, de 7,73% em junho, considerando o acumulado dos últimos em 12 meses, segundo o levantamento. Em seguida, aparece o Sudeste, com elevação de 0,67%. A região Nordeste apresentou recuo de 0,33%. As maiores quedas, contudo, foram registradas no Sul e Norte, de 7,64% e 9,42%, respectivamente.
"No entanto, os dados de recuperação das cinco regiões em conjunto mostraram alguma melhora - mesmo naquelas em que houve queda, os recuos foram menores do que em meses anteriores", pondera a pesquisa.
A maior parte (45%) de devedores que recuperaram crédito em junho tem entre 30 e 49 anos. A corrente seguinte, de 12%, é composta por pessoas com idade de 18 a 29 anos, enquanto 13% possuem idade superior a 65 anos. A faixa intermediária - entre 30 e 49 anos - concentra o maior número de inadimplentes.
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