Após investimentos no exterior, GP faz movimento para virar sócia da Light
A Light, controlada pela estatal mineira Cemig, tenta replicar o modelo iniciado pela AES Eletropaulo, que provocou grande disputa entre a italiana Enel e a Neoenergia. No fim, o modelo de ancoragem foi abandonado e a venda das ações feita por meio de leilão na Bolsa. Antes de a GP entrar no páreo, outros investidores também demonstraram interesse pela distribuidora fluminense, como Equatorial, Vinci Partners, Enel e Neoenergia.
O interesse da GP pela Light surgiu recentemente, bem depois de a Cemig incluir o ativo no seu plano de desinvestimento. Considerada uma empresa complexa, a concessionária tem dívida perto de R$ 8 bilhões e perdas de energia (causadas especialmente foi furtos e fraudes) superiores a 20%. Em áreas de risco, esse total é de 80%.
Desde 2017, a estatal mineira tenta encontrar formas para reduzir o endividamento da distribuidora. Segundo fontes, a proposta de fazer uma oferta primária de ações foi colocada na mesa em março do ano passado, mas a Cemig não aprovou. Na época, a ideia era fazer uma oferta primária de R$ 1 bilhão, seguida de uma secundária. Nesse processo, a Cemig diluiria sua participação na distribuidora.
Em março deste ano, a proposta foi novamente feita e, por pouco, não foi aprovada em junho. Mas, segundo fontes próximas às negociações, na última hora a Cemig recuou. Um dos motivos seria a forte desvalorização da empresa do ano passado para cá.
Apetite
Com US$ 1,6 bilhão de negócios sob gestão, a GP viu na Light uma oportunidade de voltar a investir no mercado nacional, depois de um movimento recente do fundo de private equity (que compra participação em empresas) no exterior. Em março, a GP fez aporte de US$ 100 milhões para comprar a rede de restaurantes Bravo Brio, que atua nos Estados Unidos. Em maio de 2017, a gestora havia comprado a rede de fast-food Leon, no Reino Unido. A volta ao mercado de alimentação ocorreu seis anos após a gestora ter vendido a rede de churrascarias Fogo de Chão a o fundo americano Thomas H. Lee Partners, por US$ 400 milhões.
No Brasil, o último negócio ocorreu em 2016, com a compra do controle da BR Properties, na qual já tinha 12% de participação. Copresidida por Fersen Lambranho e Antonio Bonchristiano, a gestora já teve passagem pelo setor elétrico como sócio da Companhia Energética do Maranhão (Cemar), na década passada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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