Mansueto: sem recurso, ampliação de benefícios para dívida rural pode ser vetada
"Só podemos executar o que tem fonte orçamentária. Temos o compromisso para garantir os R$ 1,6 bilhão e vamos tentar encontrar fonte para o adicional. Mas aquilo que não for objeto de acordo e não tiver como ser coberto será vetado", disse Mansueto após palestra em evento organizado pela FGV Direito/Rio.
Mansueto lembrou que o orçamento de 2018 é apertado e diversos ministérios têm apresentado demandas significativas por recursos. Ele pontuou que o orçamento deste ano está praticamente no teto de gastos, por isso, novas despesas significam o corte de gastos em outras áreas, independentemente do aumento da arrecadação.
Segundo o secretário, os órgãos que têm mais urgência na obtenção de recursos para continuidade da prestação de serviços têm demandas pequenas, entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões, que podem ser mais facilmente rearranjados.
Ele disse ainda que a Junta de Execução Orçamentária (JEO) está trabalhando com esse remanejamento de despesas em 2018, mas lembrou que o governo também precisa fechar nas próximas duas semanas o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2019, que deve ser entregue ao Congresso até o dia 31 deste mês.
MP 842
Na última terça-feira, 14, a Comissão Mista do Congresso que analisa a MP 842 aprovou o relatório do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que estendeu as condições de renegociação de dívidas rurais de agricultores familiares para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Embora, com redução da abrangência do programa de renegociação, ao ampliar o alcance da medida para outras regiões, o custo subiu para até R$ 2,5 bilhões, ante a previsão inicial de R$ 1,6 bilhão. O texto agora seguirá para análise dos plenários da Câmara e do Senado.
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