Alta de preços explica queda na venda de combustível ante julho de 2017, diz IBGE
Conforme Isabella, os preços dos combustíveis registravam deflação em julho do ano passado. O quadro deste ano, diante da alta nas cotações do barril de petróleo e do dólar, foi diferente, com inflação no diesel e na gasolina - tanto que a elevação dos preços do diesel foi um dos estopins da greve dos caminhoneiros, lembrou a pesquisadora do IBGE.
Também contribuíram para a queda na comparação de 2018 com 2017 as vendas de móveis e eletrodomésticos, que recuaram 6,9%. Segundo Isabella, o movimento foi intensificado por causa da base de comparação elevada - lojas do ramo venderam mais em julho de 2017 por causa da demanda aquecida diante da liberação de recursos do FGTS, naquela ocasião.
O quadro foi de queda na média porque o desempenho das vendas nos supermercados não compensou a queda nos combustíveis. Houve alta de 1,4% nas vendas de supermercados em julho ante julho de 2017, mas esse avanço foi o menor do ano, segundo o IBGE. "Há perda de ritmo na alta das vendas em supermercados", disse Isabella.
Já a alta de 3,0% nas vendas do varejo ampliado ante julho de 2017 foi garantida pelo desempenho das lojas de carros. As vendas de veículos cresceram 16,9%, impulsionados pela melhoria nas condições de crédito.
"É uma atividade (a venda de carros) que está atrelada a condições de financiamento e houve melhora de condições de 2017 para 2018", afirmou Isabella.
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