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PIB de América Latina avançará 1,3% em 2018 e 1,8% em 2019, diz Cepal

Gabriel Bueno da Costa

São Paulo

17/10/2018 10h47

A Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), órgão ligado à ONU (Organização das Nações Unidas), revisou suas projeções de crescimento para a região. A entidade prevê agora avanço de 1,3% no PIB regional, contra alta de 1,5% anteriormente projetada, e espera crescimento de 1,8% em 2019.

Em comunicado, a Cepal destaca que a dinâmica no crescimento mostrará diferenças entre países e regiões. As economias da América do Sul devem crescer 0,7% neste ano, um pouco menos que em 2017, e avançar 1,6% em 2019.

As da América Central, por sua vez, devem avançar 3,2% neste ano e 3,3% em 2019. Somando-se México e América Central, a projeção é de crescimento de 2,4% em 2018 e de 2,5% em 2019.

A Cepal afirma que as projeções para 2019 são divulgadas em um contexto de maior incerteza e de riscos no médio prazo. Um risco destacado é de uma deterioração maior no ambiente financeiro internacional.

"Os altos níveis de dívida corporativa e soberana acumulados ao longo de anos de condições financeiras globais mais relaxadas constituem um risco para algumas economias mais expostas às mudanças no mercado financeiro", alerta a Cepal, citando como riscos maiores necessidades de financiamento externo, maior proporção de dívida em moeda estrangeira e mais dívida de curto prazo.

Além disso, houve nos últimos meses uma escalada nas tensões comerciais. Embora elas tenham reflexos apenas modestos no volume negociado e na atividade econômica global em 2019, elas são um risco para a região.

As tensões comerciais ameaçam não só o comércio, mas também os preços das matérias-primas e as próprias condições financeiras globais, alerta a Cepal. "Nesse quadro internacional, a demanda interna terá um papel importante no crescimento da região durante o próximo ano", diz a Cepal.

"Embora com diferenças entre países, espera-se um aporte maior de investimentos e também que o consumo privado siga como um motor relevante da demanda interna em 2019", afirma a entidade.