Em ata, BCE prevê revisão para baixo da perspectiva econômica de curto prazo
O arrefecimento vem num momento impróprio para o BCE, que se prepara para gradualmente reverter seu programa de compras de ativos, avaliado em 2,6 trilhões de euros (US$ 2,961 trilhões) e conhecido como relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), como um primeiro passo antes de começar a elevar seus juros básicos.
Na reunião de 25 de outubro, o presidente do BCE, Mario Draghi, indicou que seguirá adiante com os planos de iniciar a retirada do QE a partir do mês que vem. No entanto, o comitê de política monetária foi particularmente cauteloso em relação à economia durante a reunião, de acordo com a ata do encontro, divulgada nesta quinta-feira.
Indicadores recentes "sugeriram uma revisão para baixo na perspectiva (econômica) de curto prazo", comentou um dos dirigentes do BCE. "Um padrão de crescimento mais fraco no segundo semestre de 2018 teria um impacto mecânico...na estimativa para o crescimento econômico em 2019."
De qualquer forma, os integrantes do comitê concordaram que a perspectiva deve não ter mudado significativamente, considerando-se os últimos dados econômicos.
O BCE vai publicar novas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) e inflação da zona do euro em dezembro, ajudando seus dirigentes a decidir sobre futuros passos da política monetária.
Nos últimos meses, a Itália tornou-se uma preocupação central na Europa em meio a um impasse sobre o plano orçamentário de Roma para 2019. A proposta prevê déficit fiscal equivalente a 2,4% do PIB, nível que é considerado muito elevado pela União Europeia.
Na ata de hoje, o BCE ressaltou que "as taxas de juros para empresas e famílias e custos de financiamento para (empresas) subiram de forma um tanto mais acentuada...em um país da zona do euro".
Um dirigente do BCE alertou que empresas podem estar adiando decisões de investimentos devido a "amplas incerteza relacionadas a desdobramentos comerciais e políticos".
De modo geral, no entanto, os dirigentes concluíram que os dados sugerem que a economia da zona do euro continua crescendo e que a retirada do QE, a partir do próximo mês, está "sujeita a novos indicadores". Fonte: Dow Jones Newswires.
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