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BC reitera que continuidade de reformas é essencial para inflação baixa

Fabrício de Castro e Fernando Nakagawa

Brasília

20/12/2018 10h00

O Banco Central (BC) voltou a fazer nesta quinta-feira, 20, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), a defesa das reformas econômicas. Apesar de não citar diretamente a reforma da Previdência - considerada a principal tanto pelo BC quanto pelo mercado financeiro - o documento reafirmou que "a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para a manutenção da inflação baixa no médio e longo prazos, para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia".

Essa ideia já aparecia nos documentos mais recentes do BC e até mesmo em publicações anteriores. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) da instituição manteve a Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano. Em sua comunicação, o colegiado também havia defendido as reformas.

"O comitê ressalta ainda que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes", pontuou novamente o BC, no RTI agora divulgado.

Política monetária

O Banco Central reiterou no RTI a ideia de que a atual conjuntura "prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural". Essa ideia já estava presente no comunicado e na ata do último Copom.

Assim como no comunicado e na ata, o BC excluiu do RTI o trecho que anteriormente qualificava a política monetária estimulativa. Até o RTI de setembro, a instituição vinha repetindo que "esse estímulo começará a ser removido gradualmente caso o cenário prospectivo para a inflação no horizonte relevante para a economia monetária e/ou seu balanço de riscos apresentem piora". Este trecho foi retirado do atual RTI.