Decisão sobre leilão de térmicas deve sair em 2 meses, prevê EPE
"A discussão sobre o leilão de potência deve terminar em breve, no momento estamos discutindo o formato, se vai ser atendido pelo A-4, A-6, de reserva. Em dois meses isso deve ser equacionado", informou Barral.
Para 2019, a EPE trabalha com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,3% e de 2,7% para 2020, o que aponta para a necessidade de incremento na geração. Este ano Barral prevê a realização de leilões para compra de energia a partir de 2023 (A-4) e 2025 (A-6), em junho e setembro, respectivamente. Outro leilão, para atender o mercado de Roraima, também deverá ser realizado. "Nossa agenda é bastante abrangente, até março deve definir as datas dos leilões", disse.
Entre os estudos que estão sendo conduzidos na autarquia, Barral citou as hidrelétricas que poderão entrar nos próximos leilões da EPE, como Castanheira, em Mato Grosso, e Bem Querer, em Roraima, sendo esta última fundamental para resolver os problemas de abastecimento do Estado, atualmente ainda dependente em parte da energia fornecida pela Venezuela.
De acordo com Barral, junto com a integração ao sistema a hidrelétrica poderia trazer benefícios ao sistema, devido ao regime hidrológico da margem esquerda do Rio Amazonas, que é complementar ao resto do sistema. "Ainda não entram no leilão deste ano porque faltam estudos, estamos há dois anos estudando, mas Bem Querer é emblemático pelas condições de suprimento de Roraima, são 650 megawatts, mais do que o dobro da demanda local", informou, prevendo que os estudos de impacto ambiental de Bem Querer devem ser finalizados em 2020. Para este ano, os leilões devem trazer projetos hidrelétricos como Ercilândia, Apertados e Telêmaco Borba, no Paraná, informou Barral.
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