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Prioridade é reorganizar o BNDESPar, diz presidente do BNDES

Cynthia Decloedt, Francisco Carlos de Assis e Gustavo Porto

São Paulo

26/02/2019 13h32

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, disse que a prioridade do banco é reorganizar o braço de participações e investimentos, o BNDESPar, durante apresentação no CEO Conference Brasil 2019, organizado pelo BTG Pactual, em São Paulo.

"Petrobras não precisa da gente e está com outra cabeça. E o mercado está ansioso para comprar papel da Petrobras", comentou Levy. "O que estamos olhando é onde aplicar de maneira inteligente nossos recursos, de modo que ajude a aumentar investimento privado em infraestrutura", complementou.

Levy disse ainda que a carteira de infraestrutura do BNDES foi estruturada no princípio do project finance, organizada na sustentabilidade do projeto.

Ele mencionou que o banco está muito focado no saneamento, lembrando que, ao lado da logística, é um dos maiores gargalos no Brasil. "Temos de trabalhar juntos para aprovar uma regra a fim de que os projetos sejam uniformes e comparáveis. Ou seja, quanto mais pudermos comparar, mais fácil será vender para o investidor, ter uma boa história no saneamento é um desafio para todos", disse.

PMEs

O presidente do BNDES disse que o banco de fomento pretende ajudar as pequenas e médias empresas a tomar crédito, por meio de um pacote de informações, do tipo cadastro positivo, com o objetivo de facilitar a tomada de crédito no setor privado. "O custo de transação deve ser reduzido para as pequenas e médias empresas, por meio de pacote informações, do tipo, cadastro positivo, organizado pelo banco", comentou.

Levy disse que o banco de fomento também tem iniciativas importantes para desburocratizar os processos de forma geral na instituição, lembrando que esse é um trabalho que vem sendo feito desde 2016 e que muito já se avançou nesse sentido sobre formas que dão agilidade e segurança aos processos. "A questão de desburocratizar faz parte de nossas prioridades e estamos criando novos comitês e mecanismos mais ágeis para avaliação de risco", disse.