Demanda interna no PIB avançou 1,6% em 2018 ante 2017, diz IBGE
"A gente teve crescimento do PIB igualzinho, mas a gente vê que a distribuição é diferente", disse Rebeca.
Em 2017, a demanda interna havia crescido 1,0% ante 2016, enquanto o setor externo teve contribuição positiva de 0,1%, formando o avanço de 1,1% no PIB. Segundo Rebeca, tanto o aumento das importações quanto a desaceleração no crescimento das exportações contribuíram negativamente no setor externo. As exportações saíram de uma alta de 5,2% em 2017 para um avanço de 4,1% em 2018. Já as importações aceleraram de uma alta de 5,0% em 2017 para um avanço de 8,5% ano passado.
Rebeca citou a safra não tão boa em 2018 quanto em 2017 e a crise econômica na Argentina para explicar o desempenho das exportações. Já as importações foram impulsionadas pela própria aceleração da economia doméstica - nos anos de recessão em 2015 e 2016, a demanda interna tombou 6,2% e 4,9%, respectivamente, muito acima das variações do PIB, que ficaram em 3,5% e 3,3%, também respectivamente.
A pesquisadora do IBGE destacou o peso do consumo das famílias na demanda interna. Do avanço de 1,6% da demanda interna em 2018 ante 2017, 1,2 ponto porcentual é consumo das famílias, disse Rebeca.
Em 2018, o consumo das famílias cresceu 1,9%, comparado a um avanço de 1,4% em 2017. Segundo Rebeca, o movimento foi impulsionado pelo crescimento da massa salarial real, pelo avanço real (já descontada a inflação) do crédito focado nas pessoas físicas e por um alívio nas taxas de juros. Nas contas do IBGE, a Selic (pela média diária) ficou em 6,4% em 2018, ante 10% em 2017. Para completar, a inflação "continua comportada, dentro da meta".
"Está tendo uma melhora (na renda). É lenta, focada no trabalhador por conta próprio, mas está melhorando", disse Rebeca.
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