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Garrido admite que há reajuste no soldo do cabo, do soldado e do cadete

Idiana Tomazelli e Adriana Fernandes

Brasília

20/03/2019 19h47

A proposta de reforma dos militares prevê aumento salarial para cabos, soldados e cadetes, postos que estão na base das carreiras das Forças Armadas, admitiu o assessor especial do Ministério da Defesa, general Eduardo Garrido. Nos últimos dias, diversos integrantes do governo asseguraram que não haveria aumento dos soldos dos militares.

Garrido justificou que o reajuste é necessário porque essas classes de militares não recolhiam contribuição previdenciária e passarão a pagar a alíquota de 10,5%. Esse recolhimento levaria o salário líquido dessas categorias da base a ficar abaixo do salário mínimo.

Questionado sobre a lógica aplicada no setor privado, em que o trabalhador que recolhe para o INSS ganha uma remuneração líquida abaixo do mínimo após contribuir à Previdência, o secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, limitou-se a dizer que a proposta de reforma prevê a redução da alíquota para esses brasileiros de 8% para 7,5%.

"A preocupação em privilegiar quem ganha menos foi para todos, reduzimos alíquota do INSS", disse Rolim, dizendo que quem ganha menos pagará menos.

Garrido afirmou ainda que prefere não falar em "aumento salarial" ao comentar os adicionais que serão recebidos pela carreira. "É reestruturação da carreira", afirmou.

O diretor de finanças da Marinha, contra-almirante Hugo Nogueira, afirmou ainda que não foi criado o posto de sargento-mor, mas que, se os estudos apontarem essa necessidade, a categoria será criada.