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Itamaraty espera ingresso do Brasil na OCDE ainda em maio, diz porta-voz

Felipe Frazão

Brasília

09/05/2019 20h20

O porta-voz da Presidência da República, general Rêgo Barros, afirmou nesta quinta-feira (9) que a diplomacia brasileira possui indicativos "críveis" de que os Estados Unidos manifestarão apoio ao ingresso do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) na próxima reunião da entidade em Paris, em 22 e 23 de maio.

"Há indicações críveis de que a delegação norte-americana dará tal apoio, embora ainda não esteja clara a posição daquele país sobre como procederia ao conjunto das candidaturas", disse o porta-voz, durante declaração à imprensa no Palácio do Planalto.

"O MRE (Ministério das Relações Exteriores) está realizando gestões em Washington e em todas as capitais de países da OCDE para que a acessão brasileira seja aprovada no mais breve prazo, se possível, já na próxima reunião do conselho de ministros da OCDE a realizar-se em Paris nos dias 22 e 23 de maio."

O porta-voz ressaltou, porém, o apoio de Trump não assegura o ingresso brasileiro na OCDE. Além do país, outros cinco são candidatos a ter assento e não se sabe qual seria a posição dos Estados Unidos. Os países europeus condicionam que, a cada ingresso de país latino-americano, haja um de país europeu.

"Para obter o consenso dos membros, ainda será necessário acordar solução sobre o início do processo de acessão de seis candidaturas que estão em exame: Brasil, Argentina, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia", ponderou Rêgo Barros.

O aval dos Estados Unidos foi uma promessa do presidente do país, Donald Trump, ao presidente Jair Bolsonaro, durante visita de Estado em fevereiro. Em contrapartida, o Brasil se comprometeu a começar a abrir mão de status especial que detém na Organização Mundial do Comércio (OMC).

EUA

O Itamaraty confirmou nesta quinta a visita de Bolsonaro a Dallas, no Texas, na próxima semana. Bolsonaro deverá receber um prêmio de personalidade do ano oferecido pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, além de reunir-se com políticos conservadores, como o ex-presidente George W. Bush.

A comitiva presidencial decola de Brasília no dia 14 de maio, à noite, e retorna no dia 16 de maio. Os compromissos oficiais ainda não foram divulgados.