Produção da Petrobras atinge 2,553 mi de boed, queda de 0,4% em um ano
A produção da Petrobras no segundo trimestre de 2019 atingiu 2,553 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), queda de 0,4% ante os 2,563 milhões de boed em igual trimestre do ano passado. Na comparação com os três primeiros meses do ano, entretanto, quando era de 2,461 milhões de boed, o número mostra avanço de 3,7%. Segundo a empresa, a queda na comparação anual refletiu a venda de 25% do campo de Roncador e dos ativos da Petrobras América, que mais do que compensaram os ganhos com o ramp-up das plataformas do pré-sal nos campos de Búzios e Lula.
A companhia destacou que, apesar do aumento na comparação trimestral, os números foram inferiores ao projetado, "principalmente devido às dificuldades enfrentadas no mês de junho com a estabilização das plantas de gás dos novos sistemas de produção de Búzios devido a sua maior complexidade", diz o relatório, destacando ainda parada programada de 14 dias em operações no campo de Lula.
Em águas rasas, a produção de óleo foi de 62 mil de bpd, queda de 17,8% em comparação ao trimestre imediatamente anterior e 34,2% no ano. "Essa queda deveu-se à parada de produção definitiva das plataformas P-9 e PNA-1, que encerraram seu ciclo de produção após mais de 38 anos", explicou a estatal.
Pré-sal
No segundo trimestre, a produção nos campos do pré-sal atingiu novo recorde mensal de 2,07 milhões de boed, e um novo recorde diário de 2,21 milhões boed no final de junho. "A nossa produção de óleo no pré-sal continua crescente, registrando um aumento de 12,7% em relação ao trimestre anterior, principalmente devido ao ramp-up das novas plataformas, que contribuíram com 170 Mboed", apontou a estatal, destacando que o pré-sal respondeu por 57% da produção total no trimestre, contra 48% um ano antes.
Metas
A Petrobras cortou em 3,6% sua perspectiva de produção neste ano de 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) para 2,7 milhões de boed, com variação de 2,5% para mais ou para menos.
De acordo com a estatal, o corte refletiu sobretudo as dificuldades enfrentadas no mês de junho com a estabilização das plantas de gás dos novos sistemas de produção de Búzios, devido a sua maior complexidade, o que elevou o tempo de comissionamento das plantas de gás. "Esses fatores causaram a postergação da entrada de novos poços produtores, resultando em uma produção em Búzios de 180 mil boed abaixo do previsto no mês de junho".
A estatal lembra ainda que houve parada não programada de 14 dias no FPSO Cidade de Mangaratiba no campo de Lula para correção no sistema de desidratação de gás, que impactou em 60 mil boed a produção de junho.
A empresa destacou que as operações já mostraram melhora operacional em julho, com produção média retomada ao patamar de 2,7 milhões de boed.
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