Bolsonaro diz que acordo Mercosul-Japão pode avançar em novembro
"Demos mais um passo na questão (do acordo) do Mercosul. Há interesse por parte dele (Abe) também", declarou Bolsonaro. Questionado se é possível oficializar o início do acordo no próximo mês, com a visita de Abe ao País, o presidente respondeu que sim. "Não há a menor dúvida", enfatizou.
O terceiro encontro entre Bolsonaro e o primeiro-ministro ocorreu no Palácio Akasaka, em Tóquio, e durou cerca de 15 minutos. "A reunião foi excelente", afirmou o presidente.
Bolsonaro também disse que recebeu o apoio de Abe para que o Brasil entre na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), embora admita que o processo deve demorar.
"Ele (Abe) falou que está favorável ao Brasil entrar. É uma operação demorada, dois, três anos.... Tem o apoio de peso que nós temos, já tivemos Israel e tantos outros. Tudo está caminhando bem para que tenhamos a coroação de uma viagem de sucesso", afirmou.
Interessado na abertura do mercado japonês para a carne brasileira, Bolsonaro convidou o primeiro-ministro para comer churrasco no Brasil. "Vamos a uma churrascaria", contou o presidente. Ao chegar no Japão, na segunda-feira, ele brincou que não comeria carne no país até que suínos e bovinos brasileiros sejam comercializados em restaurantes japoneses.
Bolsonaro e Shinzo Abe trataram, ainda, de uma possível parceria entre os países envolvendo minérios raros como nióbio, grafeno e lítio. De acordo com um assessor presidencial, a parceria envolveria principalmente investimentos e pesquisas na área. Ainda de acordo com esse assessor, a parceria está "ganhando concretude".
O presidente brasileiro aproveitou para destacar a aprovação do texto-base da reforma da Previdência no Senado e reforçou o interesse do Brasil de atrair mais investimentos e parcerias estrangeiras.
Além disso, afirmou que quer estimular parcerias educacionais para que mais brasileiros participem programas de estudo e trabalho no Japão.
Na visão de integrantes do Itamaraty, a presença de Bolsonaro como único chefe de Estado da América do Sul para a coroação do imperador japonês, Naruhito, foi vista como um gesto de boa vontade.
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